Quem sou eu

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Saiba as causas do corrimento vaginal e veja como evitar

O problema pode ter causas patológicas diversas, que variam de um simples desequilíbrio orgânico até doenças venéreas
Reprodução
Além dos fungos, bactérias e protozoários também são agentes causadores dos corrimentos vaginais
Também conhecido como vaginite, o corrimento vaginal é um dos problemas ginecológicos mais comuns e frequentes na mulher. Alguns tipos são causados por doenças sexualmente transmissíveis, outros por desequilíbrio da flora vaginal e alguns, inclusive, podem ter origem em fatores psicológicos, como o estresse.

"Toda mulher possui uma secreção própria, que é natural e normal. Esse muco, que no período fértil fica um pouco aumentado, tem aspecto cristalino, como se fosse uma clara de ovo", explica a ginecologista Silvana Chedid.

Quando essa secreção passa a assumir um aspecto esbranquiçado ou amarelo e com odor, acompanhada de coceira, dor (agravada durante a relação sexual) ou ardor, o corrimento pode ter causas patológicas diversas. E elas variam de um simples desequilíbrio orgânico até doenças venéreas, como a gonorréia.

"Os agentes de corrimento mais comuns são os fungos. A candidíase, por exemplo, é um dos corrimentos mais frequentes", comenta o ginecologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Domingos Auricchio Petti.

Com um corrimento de aspecto cremoso e esbranquiçado, a candidíase pode ser adquirida durante a relação sexual, por roupas e objetos contaminados, por causa de uma higiene pessoal inadequada ou quando a mulher apresenta baixa resistência imunológica.

Uma dica é tentar manter a região da vagina o mais arejada possível, pois a candidíase aparece quando a área está quente e úmida. "Usar calcinhas de algodão, que permitem uma ventilação melhor e absorvem as secreções, é o mais indicado", alerta Petti. Outra idéia é dormir sem calcinha para evitar o abafamento da região sempre que possível.

Além dos fungos, bactérias e protozoários também são agentes causadores dos corrimentos vaginais. A tricomoníase, por exemplo, que se caracteriza por uma secreção amarelada e ardor, é causada por um protozoário transmitido durante a relação sexual e por roupas e instrumentos ginecológicos contaminados.

Esses microorganismos podem ainda contaminar a mulher durante a masturbação. Uma vez que ela se toque sem antes ter tido uma higiene correta das mãos ou dos objetos utilizados, as chances de uma infecção por bactérias e fungos crescem consideravelmente.

Alergias a absorventes, amaciantes e produtos de higiene podem também estimular o aparecimento de corrimentos. Nesses casos, o ideal é que se evite o contato com o alergênio em questão, a fim de evitar irritações na região vaginal.

Tratamentos

Não há um tratamento específico e padrão para a vaginite, cada caso pede um medicamento direcionado ao agente do corrimento. "Em geral, se usa cremes vaginais e comprimido via oral, mas algumas vezes é necessário o tratamento do parceiro também", explica Silvana.

É importante, no entanto, que a mulher não tente "adivinhar" o que lhe causou o corrimento. Exames ginecológicos como o papanicolau e os laboratoriais são necessários para se definir o melhor tratamento a seguir.

Em casos mais simples, o não tratamento da vaginite pode trazer à mulher apenas um desconforto constante, ardor, corrimento permanente, irritação dos órgãos genitais e odor. "No entanto, dependendo do microorganismo causador, como o caso de algumas bactérias, quando não tratados podem infeccionar trompas e ovários", alerta Silvana.

Fatores que favorecem a vaginite

- Alergia

- Baixa imunidade

- Diabetes

- Doenças sexualmente transmissíveis

- Estresse

- Gravidez

- Higiene incorreta

- Masturbação

Serviço:

Domingos Auricchio Petti – ginecologista

www.haoc.com.br

Silvana Chedid – ginecologista

www.chedidgrieco.com.br

www.mulhercriativa.com.br

Nenhum comentário: