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quinta-feira, 1 de março de 2012

Abaixo estão relacionadas algumas patologias dermatológicas comuns no nosso meio:

ACNE - é uma dermatose que surge na puberdade, acomete ambos os sexos , pode ser passageira com mínimas lesões ou mais intensa levando a problemas psicológicos e a seqüelas(cicatrizes) por toda vida. Atualmente a acne é totalmente curável através de tratamento clínico e as cicatrizes que vem como conseqüência também. Existem desde peelings químicos, cirúrgico, microdermabrasão, preenchimentos, subincisão, carboxiterapia,e laser para tratamento das seqüelas deixadas pela acne.
ACROCORDON-são múltiplas lesões vegetantes,filiformes que surgem no pescoço , axila e parte superior do tórax na idade adulta. O tratamento é simples, realizado em consultório feito através da radioeletrocirurgia sem sangramentos nem suturas, e com excelente resultado estético.
ACRODERMATITE ENTEROPÁTICA -.é uma doença genética autossômica recessiva provocada por deficiência de zinco e caracterizada por uma dermatite de localização acral, além de alopecia e diarréia. O tratamento é clinico.
ANTRAZ - é uma reunião de furúnculos. A secreção drena por vários orifícios. É bastante doloroso. Localiza-se, de preferência, onde a derme é espessa, como na nuca, dorso e coxas. Ocorre preferencialmente em idosos e imunossuprimidos.
O nome antraz também pode ser usado para definir uma doença infecciosa aguda provocada pela bactéria Bacillus anthracis e a sua forma mais virulenta é altamente letal. O carbúnculo é uma doença comum dos animais herbívoros, selvagens ou domésticos, mas também pode afetar os seres humanos que sejam expostos a animais infectados, tecidos de animais infectados ou elevadas concentrações de esporos de carbúnculo.
BROMIDROSE - é o suor com cheiro desagradável, que ocorre nas axilas ou nos pés. A causa é a atuação de bactérias presentes nestas regiões sobre o suor, provocando o odor característico.
DISIDROSE - é uma doença de causa desconhecida que se caracteriza pelo aparecimento de bolhas nos pés e nas mãos, e geralmente tem um caráter reincidente. As vesículas, ora surgem isoladas ora confluentes (aglomeradas), com conteúdo viscoso. Quando o líquido sofre ressecamento, formam-se crostas e, quando as lesões involuem, formam-se escamas. Portanto, podem ser observadas a presença de vesículas, crostas ou escamas.A disidrose pode ser completamente assintomática, coçar pouco ou muito. Quando surgem fissuras podem apresentar ardor. Vários fatores podem resultar no aparecimento das lesões da disidrose como as infecções fúngicas, Nesse caso, o fungo está presente dentro das vesículas.
A disidrose pode apresentarse também desabitada (isto é, sem fungos), mas que está à certa distância de um foco primário (outro tipo de lesão) habitado por fungos. Pacientes com micoses nas unhas dos pés ou nos espaços entre os dedos ("frieira") e que apresentam disidrose nas mãos, como conseqüência desse foco. Uma vez curada a infecção no pé, as lesões de disidrose das mãos desaparecem automaticamente e sem necessidade de tratamento.Outra causa conhecida é a farmacodermia. Alguns medicamentos, como a penicilina, podem produzir reações cutâneas disidrosiformes.
A dermatite de contato também é um fator de relevância.Trata-se de um quadro provocado por substâncias que, em contato com a pele, por mecanismos alérgicos ou simplesmente por irritação, pode desencadear a erupção.A disidrose é um padrão individual de reação. Ou seja, uma pessoa desenvolve uma dermatite de contato por uma determinada substância e apresenta lesões disidrosiformes. Já uma outra pessoa, em contato com a mesma substância, desenvolve uma dermatose completamente diferente, que não a disidrose.Não é a natureza da substância de contato que determina se a lesão é ou não disidrose e sim o padrão de reação de cada pessoa.A dermatite atópica, uma doença inflamatória crônica da pele, de causa desconhecida e freqüentemente associada à bronquite asmática e à rinite alérgica, se manifesta por diferentes tipos de lesões, sendo que a disidrose pode ser uma manifestação comum da dermatite atópica.Também o estresse e alterações emocionais são citados freqüentemente como causa de disidrose. As formas terapêuticas da disidrose variam conforme a causa. Um problema é a dificuldade para se detectar com precisão a verdadeira causa da disidrose. Algumas vezes, mesmo quando identificada a causa, sua eliminação é difícil ou até mesmo impossível, como no caso dos fatores emocionais. Dependendo da causa, o tratamento é medicamentoso.É essencial a avaliação médica para realização do tratamento adequado.
DERMATITE ATÓPICA - também conhecida com o nome de eczema atópico é uma doença genética, crônica que..., levando ao aparecimento de lesões pelo corpo acompanhada de coceira. Cerca de 30% dos indivíduos com dermatite atópica têm asma ou rinite alérgica e 15% têm surtos de urticária. Há estudos que apontam 70% dos pacientes com antecedentes familiares de atopia (asma, rinite alérgica ou dermatite atópica).Não há um tipo de lesão cutânea que caracterize os eczemas. Além do rubor, os eczemas podem apresentar vesículas, pápulas, pústulas e descamação da pele. O ressecamento da pele é significativo.As lesões podem encontrar-se em diferentes estágios e com distribuição irregular. Os eczemas podem ser húmidos ou secretantes. As lesões são mais frequentemente encontradas na face e couro cabeludo, no pescoço, face interna dos cotovelos, atrás dos joelhos e nas nádegas. Prurido ou coceira, é importante e ocorre com frequência.A evolução da dermatite atópica, ou eczema endógeno, não é previsível, podendo ser rápida e curta ou crônica, com frequência inconstante de episódios de acutização. Na infância as lesões são avermelhadas e descamativas. Podem atingir a face, tronco e membros. Com o ato de coçar, tornam-se escoriadas e podem sofrer infecção secundária. Nos adolescentes e adultos, as lesões localizam-se preferencialmente nas áreas de dobras da pele, como a região posterior dos joelhos, pescoço e dobras dos braços. A pele destes locais torna-se mais grossa, áspera e escurecida. Usualmente localizada nestas áreas, a dermatite atópica pode se generalizar, atingindo grandes áreas corporais. Passada a infância, em casos mais brandos,pode ocorrer o desaparecimento total das lesões mas, geralmente, a doença tem curso crônico (longa duração), apresentando períodos de melhora e de piora. É comum, após o desaparecimento da dermatite atópica, ocorrer a substituição desta por uma das outras formas de apresentação da atopia como dermatite de contato, alergia a picada de insetos,asma ou rinite. abe-se que mudanças climáticas, fatores emocionais e alimentos podem estar implicados nesta piora. Para determinar se os alimentos podem ser mesmo um fator desencadeante do agravamento. Outra característica da pele do atópico é a sua tendência maior ao ressecamento que, por si só, pode dar origem à sensação de coceira e descamação. O estresse emocional pode desencadear períodos de piora e não deve ser menosprezado. O tratamento pode ser através de medicamentos tópicos ou administrados por via oral ou parenteral.
FOLICULITE - são reações inflamatórias que se desenvolvem ao redor dos folículos pilosos. Na foliculite, a inflamação é superficial, envolvendo cada folículo. As lesões inflamatórias que disso resultam vão desde pápulas e pústulas até cistos sensíveis ou abscessos muito inflamatórios. A foliculite pode resultar de vários fatores diferentes, inclusive fricção, agentes químicos, medicamentos ou infecções.
A causa mais comum é a infecção local pelo Staphilococos aureus, que provoca a reação inflamatória. Com o avanço do processo inflamatório e a disseminação para fora do folículo a resposta natural do hospedeiro é "cercar " o processo, produzindo nódulos ou cistos inflamatórios profundos, conhecidos como furúnculos. As lesões inflamatórias mais extensas com uma base mais profunda (abscessos), geralmente do tecido subcutâneo, são chamados de antrazes. Com relação ao aspecto macroscópico a foliculite é caracterizada por pápulas e pústulas foliculares, cercadas de eritema. Já os furúnculos são nódulos ou cistos sensíveis profundos de 1-5cm, que inicialmente são firmes, mas que se tornam flutuantes em poucos dias. Os antrazes são caracterizados por abscessos drenantes sensíveis, profundos e eritematosos.
HANSENÍASE - Também conhecida com o nome de lepra ou mal de Hansen é causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), que cora-se em vermelho pelo método de Ziehl-Neelsen. Até o momento não existe meio de cultura satisfatório para M. leprae que quando se apresentam em grande número tendem a dispor-se paralelamente em feixes ou formando grandes aglomerações chamadas globias. Têm tropismo pela pele e nervos periféricos e suas vias de eliminação são as vias aéreas superiores, áreas de pele erosada, urina, fezes, leite materno, restando dúvidas quanto à sua eliminação no suor, secreções vaginais e esperma.
Os bacilos são viáveis por 36 horas fora do organismo humano em temperatura ambiente, mas o contágio não se dá facilmente.
Provavelmente o bacilo penetra no indivíduo por áreas erosadas da pele e pelas vias aéreas superiores, atingindo os ganglios linfáticos. Na maioria das vezes o organismo elimina o bacilo. Em alguns casos haverá passagem das bactérias para o sangue, pele, nervos e vísceras. O período de incubação varia de 2 a 5 anos, podendo chegar até 20 anos. a hanseníase foi dividida em quatro formas clínicas:
* Hanseníase indeterminada:
Manifesta-se por máculas hipocrômicas, acrômicas, eritematosas ou eritemato-hipocrômicas, sendo as duas primeiras mais freqüentes. Os limites são imprecisos, algumas vezes nítidos, medindo de 1 a 5 cm de diâmetro.
O número de início é de uma ou duas manchas, localizadas principalmente nas nádegas, coxas e região deltoidiana e quanto maior o número de manchas, pior é o prognóstico. Há alteração da sensibilidade, vasomotora e da sudorese por acometimento de filetes nervosos, com alopécia parcial. As provas da picada e da histamina são usadas para diagnóstico e o exame bacterioscópico é em geral negativo. Pode ocorrer evolução para as três outras formas clínicas comentadas a seguir.
* Hanseníase tuberculóide:
Evidencia-se por micropápulas que se desenvolvem em pele aparentemente normal ou sobre manchas do grupo indeterminado. Essas pápulas podem ser pouco mais coradas que a pele normal, acastanhadas ou vermelho-acastanhadas, acuminadas ou semi-esféricas, tendendo a coalescer medindo cerca de 2 mm. Há placas bem delimitadas, únicas ou em pequeno número, com alterações sensitivas, de sudorese e vasomotoras bem acentuadas, com alopécia. Nervos espessados podem emergir das placas e a necrose caseosa do nervo pode levar a distúrbios sensitivos, motores e tróficos.

A hanseníase tuberculóide em reação se caracteriza por lesões infiltradas com acentuação do eritema.
A hanseníase tuberculóide reacional é definida como quadros de hanseníase tuberculóide que sofrem piora aguda em conseqüência de modificações do estado imunológico. Há agravamento do quadro cutâneo e neurites, paralisias, amiotrofias e deformidades.
A hanseníase tubrculóide infantil ocorre em crianças de 1 a 4 anos e se manifesta como pápula ou nódulo em face ou membros. Não há comprometimento neural e tem cura espontânea.
* Hanseníase virchowiana:
É a forma infectante da hanseníase que tem como características:
  1. manchas infiltradas com bordas imprecisas, com pápulas, nódulos e placas;
    madarose, fácies leonina;
  2. distúrbios motores, tróficos e anestesia (que surgem tardiamente);
    comprometimento de mucosa nasal, oral e laringe;
  3. comprometimento ocular;
  4. adenopatia, anemia;
  5. infiltração do fígado, baço e supra-renais;
  6. infiltração testicular, levando à impotência e esterilidade;
  7. rarefação, atrofia e absorção óssea.
Dentre os distúrbios neurológicos se destaca o mal perfurante plantar onde há destruição e perda de tecido plantar devido a traumatismos freqüentes que não são percebidos pelo paciente, pé caído e mão em garra. O espessamento neural acomete principalmente os seguintes nervos: cubital, poplíteo externo, radial, mediano e auricular.

As lesões oculares são observadas nas fases mais avançadas e consistem em ceratite difusa ou pontuada, lagoftalmia, iridociclite e cegueira.

Existe a variedade difusa de Lucio, conhecida como hanseníase bonita, onde há infiltração difusa sem nódulos e comprometimento visceral acentuado.
* Hanseníase dimorfa:
Na hanseníase dimorfa ou borderline as lesões dermatológicas lembram pelo aspecto e distribuição, as de reação tuberculóide (pápulas, tubérculos, máculo-pápulas), delas se diferenciando pela imprecisão dos bordos e tonalidades da cor, que é acastanhada, características estas próprias da hanseníase virchowiana. Diz-se que sua placa tem aspecto de queijo-suíço. Parece haver no mesmo doente características dos dois tipos de hanseníase: tuberculóide e virchowiana.

Na forma dimorfa pode haver surto eruptivo agudo. Há anestesia, distúrbio de sudorese(anidrose) e alopécia nas lesões.
HEMANGIOMA -
HIPERIDROSE - É caracterizada pela transpiração excessiva,com produção de suor superior àquela necessária para mantera temperatura corporal normal, acarretando impacto significativo na vida profissional, social e emocional do seu portador.
Podendo ser classificada em primária ou secundária, com apresentação clínica focal ou generalizada. A hiperidrose primária é uma alteração idiopática, crônica,geralmente focal, bilateral e simétrica. É a forma maiscomum, acometendo cerca de 3% da população, predominandoem mulheres na faixa etária entre 18 e 54 anos2. Estácomumente associada à hiperatividade do sistema nervososimpático, que gera hipertrofia glandular e hipersecreção.Ocorre principalmente na palma das mãos, planta dos pés,
axilas, face e couro cabeludo. A hiperidrose secundária,usualmente generalizada, está relacionada a uma doença de base e seu tratamento consiste fundamentalmente na correção desta patologia. línico,embasado na história e nos sinais de produção excessiva de suor, que se iniciam geralmente na adolescência.
A diferenciação entre hiperidrose primária e secundária pode ser realizada pelo local acometido, duração, sintomas e comorbidades associadas, história familiar e idade de início.
Porém, em alguns casos, o uso de exames laboratoriais,direcionados pela história clínica, torna-se importante para adiferenciação1.
O tratamento da hiperidrose axilar e da bromohidrose podeser dividido em clínico e cirúrgico, sendo este o único com resposta definitiva3. O tratamento clínico convencional consiste basicamente na utilização de antitranspirantes a base decloridrato de alumínio, aplicações intradérmicas de toxina botulínica e ingestão de anticolinérgicos sistêmicos4. As principais abordagens cirúrgicas são:a cirurgia excisional, realizada em consultório,a simpatectomia torácica e a lipoaspiração superficial da axila.(realizadas ambas em em bloco cirúrgico)
ICTIOSE - As ictioses são um grupo heterogêneo de doenças hereditárias ou adquiridas que tem como característica comum a diferenciação (cornificação) anormal da epiderme. O processo de cornificação é complexo e não completamente conhecido. Defeitos em diferentes passos e aspectos desse processo promovem um resultado similar: camada córnea anormal, descamação, eritema e hiperceratose. As ictioses adquiridas podem ter etiologias variadas que incluem infecções, neoplasias, medicamentos, doenças endócrinas, metabólicas e auto-imunes
As ictioses hereditárias podem ser isoladas ou fazer parte de síndromes. Os modos de herança são variáveis, bem como os genes acometidos em cada tipo específico. As taxas de renovação epidérmica podem diferenciar os tipos de ictiose, caracterizando-as em transtornos da hiperproliferação epidérmica ou de retenção prolongada da camada córnea
As ictioses congênitas podem ser distinguidas por questões de ordem clínica, histopatológica e genética em:
- Ictiose vulgar
- Ictiose bolhosa de Siemens
- Ictiose ligada ao X
- Eritroceratodermia
- Síndrome de Sjögren-Larsson
- Síndrome de Netherton
- Doença de Refsum
- Síndrome de Tay (tricotiodistrofia)
- Ictiose lamelar (eritrodermia ictiosiforme não bolhosa congênita)
- Hiperceratose epidermolítica (eritrodermia ictiosiforme bolhosa congênita)
As formas não sindrômicas podem ser classificadas em recessivas ou dominantes As formas autossômicas recessivas são a ictiose lamelar e a eritrodermia ictiosiforme congênita, que apresentam diferenças clínicas, mas podem ser consideradas partes de um espectro com diferentes graus de descamação e eritema A ictiose lamelar tem incidência de 1/200.000-300.000 nascimentos, igual distribuição entre os gêneros e envolve uma mutação no gene TGM1 no cromossomo 14). A ictiose lamelar é aparente ao nascimento e o neonato geralmente está envolvido por uma membrana de material córneo que descama nos próximos 10-14 dias (bebê colódio). Após essa fase aparece um eritema difuso que evolui para escamas espessas, às vezes escuras que se distribuem num padrão em mosaico por toda a superfície corporal com predomínio em áreas flexoras. Ocorre ectrópio e eclábio associado a distrofias ungueais e alopecia. É comum a ocorrência de hipohidrose em graus variados.
A histopatologia da ictiose lamelar é hiperceratose com normo ou hipergranulose A eritrodermia ictiosiforme congênita, assim como a ictiose lamelar se apresenta ao nascimento como bebê colódio, mas depois evolui para descamação mais fina e sem ectrópio, eclábio ou alopecia. Existe variação na capacidade de sudorese, mas os pacientes tendem a apresentar sudorese mínima com alto grau de intolerância ao calor.
A ictiose ligada ao X ocorre em 1/2500 nascimentos de meninos e seu padrão de herança é recessivo ligado ao cromossomo X. A mutação ocorre no gene STS, que codifica a enzima esteróide sulfatase. As escamas são maiores formando placas que acometem predominantemente regiões extensoras, mas podem afetar áreas flexoras.Opacidades corneanas ocorrem em metade dos pacientes adultos. A histopatologia apresenta hiperceratose em ortoceratose e camada granular normal
As formas autossômicas dominantes são a ictiose vulgar e a hiperceratose epidermolítica. A ictiose vulgar é a forma mais comum de ictiose e tem incidência de 1/250 nascimentos. É herdada num padrão autossômicodominante e se apresenta no primeiro ano de vida. A mutação responsável por sua ocorrência ocorre no gene FLG, que codifica a proteína epidérmica filagrina, responsável pela agregação de filamentosintermediários de queratina. Clinicamente há escamas finas que predominam nas áreas extensoras dos membros inferiores. Atopia está associada, bem como ceratose pilar. Raramente há hiperidrose e o quadro clínico tende a melhorar no verão. A histopatologia é de hiperceratose com hipo ou agranulose .A hiperceratose epidermolítica ou como antes era denominada, eritrodermia ictiosiforme bolhosa congênita,tem incidência de 1/300.000 nascimentos e é transmitida em um padrão autossômico dominante. O defeito ocorre nas queratinas do tipo 1, 2 e 10. A doença geralmente aparece ao nascimento com bolhas, eritema e descamação e evolui para hiperceratose com ou sem eritrodermia. A histopatologia nesse caso é específica e geralmente confirma o diagnóstico. Ocorre hiperceratose com degeneração vacuolar da camada granular (epidermólise)
O tratamento visa hidratação, lubrificação, queratólise e modulação da diferenciação celular epidérmica.Podem ser utilizados cremes e loções emolientes, hidratantes ou queratolíticos tópicos.Infecções fúngicas e bacterianas são comuns e devem ser tratadas especificamente com antibióticos e antifúngicos tópicos ou sistêmicos
As formas leves como as ictioses comuns (vulgar e ligada ao X) podem ser geralmente controladas com cuidados tópicos enquanto casos graves necessitam de terapia sistêmica. A acitretina é um derivado da vitamina A e pertence ao grupo dos retinóides. Esse fármaco atua no controle da proliferação e diferenciação epidérmicas e por isso é utilizado nas ictioses graves.As evidências disponíveis a respeito do uso de acitretina nas ictioses estão baseadas em séries de casos realizadas com grupos heterogêneos (que incluem outras doenças também relacionadas a defeitos da queratinização) devido à raridade dos diagnósticos. Não há medidas de aferição de eficácia padronizadas,assim, os relatos de melhora clínica são avaliados pela equipe assistente e pelos pacientes dependendo do estudo .Os efeitos adversos têm sua avaliação prejudicada pela heterogeneidade (tanto de doenças
quanto de idade) e pequeno número de pacientes estudados.
Em 1991 um estudo avaliou resposta clínica de acitretina em pacientes com doenças relacionadas à queratinização, entre elas ictioses congênitas, e mostrou resultados favoráveis com redução das escamas, do ectrópio e da intolerância ao calor. Em 1994 um estudo com sete pacientes portadores de ictiose lamelar avaliou eficácia e segurança de acitretina na dose de 35mg/dia por quatro semanas, sendo esta dose reavaliada e modificada conforme tolerabilidade e eficácia. O seguimento foi mantido por aproximadamente quatro anos evidenciando uma melhora significativa das lesões cutâneas. Os efeitos adversos (queilite, epistaxe e queda de cabelo) foram quantificados como moderados e na maioria dos pacientes necessitou-se apenas de redução da dose da acitretina .
Outro estudo avaliou efeitos adversos em dois pacientes com eritrodermia ictiosiforme congênita em acompanhamento por 25 anos, um deles utilizou acitretina por 8,5 anos consecutivos. Os efeitos adversos foram considerados leves, sem ocorrência de osteoporose.
Foram relatadas alterações transitórias de triglicerídeos assintomáticas (9).Uma série de casos com 29 pacientes portadores de vários distúrbios da queratinização a resposta clínica
em pacientes com ictiose lamelar foi considerada moderada a excelente com redução de escamas e ectrópio.
No Brasil foi realizado em 2004 um estudo de série de casos com 10 crianças com ictiose lamelar e idades entre 18 meses a 12 anos para avaliar segurança de acitretina em 1 ano de tratamento. Não foram observadas alterações laboratoriais. Em uma série de 6 crianças nas quais foi realizada avaliação radiológica houve alteração de idade óssea e o tratamento foi suspenso (.
Em 2008 um estudo avaliou eficácia e segurança de acitretina em 28 crianças com doenças congênitas da queratinização (dessas 19 eram alguma forma de ictiose congênita). As idades variaram entre 1 e 13 anos (médias de 7,6 anos) e o seguimento ocorreu por até 36 meses (média de 13,5 meses). Melhora clínica (>90%) ocorreu em 82% dos pacientes em 2-4 semanas de tratamento. Em relação aos efeitos adversos, alterações no perfil lipídico ocorreram em 5 crianças e alterações nas transaminases em 6 crianças, mas foram transitórias e não foi necessária alteração de dose ou suspensão do tratamento. Nenhum paciente teve prejuízo no crescimento ou no monitoramento radiológico.
O único ensaio clínico duplo-cego encontrado comparou acitretina e liarozol (fármaco imidazólico bloqueador
do metabolismo do ácido retinóico endógeno, não disponível no Brasil) com objetivo de avaliar eficácia, tolerância e segurança. Um total de 32 pacientes adultos portadores de ictiose congênita foram randomizados para receber liarozol 150mg/dia ou acitretina 35mg/dia por 12 semanas. Os resultados não
mostraram diferença significativa em relação à eficácia tanto na avaliação da equipe quanto dos pacientes e os efeitos adversos foram considerados leves a moderados em ambos os grupos
(Ichthyosis Fetalis; Harlequin Fetus) - é um raro distúrbio genético de pele, a mais severa forma de ictiose congênita. A sua característica principal é o engrossamento da camada de queratina na pele fetal. O recém-nascido é coberto por placas de uma pele grossa que racha e se parte. As finas placas podem esticar, repuxar a pele do rosto e distorcer, assim, as características faciais, bem como restringir a capacidade de respiração e alimentação.
Crianças com Harlequin precisam ser dirigidas ao tratamento neonatal intensivo imediatamente. Devido à falta de elasticidade da pele, visto que onde deveria haver a pele normal há massivas escamas que lembram a forma de diamantes, a principal função dela, que seria a de proteger, é defasada. Por isso, a partir do momento em que a pele racha onde deveria esticar, é de fácil acontecimento a contração de infecções letais no portador do distúrbio a partir da penetração de bactérias e outros agentes contaminantes através das fissuras.Essa manifestação tem herança recessiva, portanto os pais devem ser heterozigotos e ambos devem colaborar com o gene recessivo.A ocorrência desta patologia é muito pequena, em escala de 1:1000000. O nome vem tanto da expressão facial do bebê quanto da forma de diamante das escamas que lembra as fantasias de arlequim.
LEISHMAIOSE - A leishmaniose tegumentar americana permanence endêmica em vastas áreas da América Latina. Os agentes causadores da doença são a L. (Viannia) braziliensis, L. (L. mexicana), L. (V.) panamensis, e outras espécies relacionadas. A apresentação clínica da doença varia dentro de um espectro amplo, incluindo úlceras cutâneas múltiplas ou única, leishmaniose cutânea difusa e lesões mucosas. Os principais reservatórios da L. (V.) braziliensis e da L. (Viannia) spp. são os pequenos roedores silvestres. A doença acomete mais freqüentemente os trabalhadores que invadem as florestas tropicais ou moram próximo a elas. O período de incubação varia de duas semanas a vários meses. As lesões cutâneas constituem úlceras rasas, circulares com bordas elevadas e bem definidas e com o assoalho da úlcera de aspecto granular. Nas infecções pela L. (V.) braziliensis a linfoadenopatia regional geralmente precede o surgimento das úlcerações por uma a doze semanas. O diagnóstico definitivo depende da identificação de amastigotas em tecido ou promastigotas em meios de cultura. Os anticorpos anti-leishmania podem ser identificados no soro utilizando-se as técnicas de ELISA, imunofluorescência e testes de aglutinação mas os títulos revelam-se baixos na maioria dos casos. A intradermorreação de Montenegro torna-se positiva durante a evolução da doença. Os antimoniais pentavalentes continuam sendo as drogas de escolha no tratamento da leishmaniose. A anfotericina B encontra indicação nos casos mais graves ou nos indivíduos que não respondem ao tratamento com os antimoniais. A imunoterapia e a imunoprofilaxia constituem alternativas promissoras no tratamento e profilaxia da leishmaniose tegumentar americana.
LINFANGIOMA - é considerado pela maioria dos autores como uma anomalia congênita de vasos linfáticos. A lesão é indolor e o único sinal clínico pode ser o aumento de volume da região envolvida. Muitas vezes o paciente só procura o profissional quando a lesão é traumatizada e, então, notada. Vários métodos de tratamento têm sido propostos, dentre eles aspiração, incisão e drenagem (podem ter um papel importante na descompressão de emergência, não sendo considerado um tratamento definitivo), esteróides, laser, quimioterapia, irradiação, esclerose química com bleomicina, glicose 50%, doxiciclina, e alfa-2a-interferon (a-2a-INF). Alguns desses apresentam resultados insatisfatórios e complicações inaceitáveis A ressecção cirúrgica completa tem sido o tratamento de preferência, porém, pelo caráter infiltrativo do linfangioma, que torna esse procedimento difícil e incompleto, é possível em apenas 10% a 50% dos casos Devido a isso, a recorrência é um problema importante, variando sua taxa de incidência entre 0% e 27% após exérese total e entre 15% e 53% após exérese parcial As complicações cirúrgicas, que ocorrem em 19% a 33% dos casos, incluem formação de hematoma, linfocele, cicatriz, abcesso, infecção, deiscência de sutura e paralisia nervosa1
LINFOMA - Os linfomas cutâneos de células T/NK constituem um grupo de doenças linfoproliferativas extranodais atualmente classificadas e subdivididas de acordo com o comportamento clínico segundo consenso da Organização Mundial de Saúde e da Organização Européia para Pesquisa e Tratamento do Câncer. Os linfomas cutâneos de células T/NK de comportamento clínico indolente compreendem a micose fungóide clássica, a reticulose pagetóide, a cútis laxa granulomatosa, , o linfoma subcutâneo de célula T paniculite-símile e o linfoma cutâneo primário de pequena e média célula T CD4+ pleomórfica. Os linfomas cutâneos de células T/NK de comportamento agressivo incluem a síndrome de Sézary, O diagnóstico desses processos é realizado pelo exame histopatológico complementado pela análise do fenótipo das células neoplásicas, imprescindível no processo classificatório. O estadiamento para a avaliação da extensão anatômica da doença considera além do envolvimento cutâneo, o estado clínico e histológico dos linfonodos e das vísceras. Avaliação hematológica é fundamental na caracterização da síndrome de Sézary.
LÍQUEN - O líquen plano é dermatose inflamatória crônica de etiologia desconhecida. Sua associação com doença hepática, particularmente a hepatite C, é tema de diversos trabalhos em todo o mundo, desde 1990, quando a sorologia para detecção do vírus da hepatite C (VHC) se tornou disponível.
O líquen escleroso e atrófico, descrito por Hallopeau em 1887, percorreu um longo caminho até ser considerado como uma doença autônoma, independente do líquen plano e da esclerodermia circunscrita, embora possa eventualmente associar-se à última. Sua etiologia ainda é desconhecida, mas há indícios de que seja multifatorial, envolvendo fatores hormonais, imunológicos e genéticos. A falta de intercâmbio entre ginecologistas, dermatologistas e patologistas é, em grande parte, responsável pelas controvérsias que cercam o líquen escleroso e atrófico genital, no que tange à nomenclatura e ao risco de malignizaçäo. A testosterona tópica oferece excelentes resultados no líquen escleroso e atrófico genital. Nos caso extenso, o ácido paraaminobenzóico parece ser útilUEN
LUPUS ERITEMATOSO - cutâneo cronico (LECC), também chamado de lúpus eritematoso discóide, é uma doença inflamatória da pele que atinge sobretudo adultos, acometendo preferencialmente as áreas expostas à luz solar. É caracterizada por áreas de vários tamanhos, eritematosas, descamativas, bem definidas, que tendem a evoluir deixando cicatriz atrófica e alterações pigmentares.O diagnóstico é confirmado pela histopatologia, que é característica. O encontro freqüente de imunoglobulinas na pele e, menos comumente, de alterações sorológicas evidenciando auto-anticorpos sugere etiologia auto-imune. Um dos fatores desencadeantes mais importantes das lesões cutâneas é a radiação ultravioleta.Atualmente, a maioria dos estudiosos considera o LECC parte de um espectro da doença lúpus eritematoso (LE). Segundo esses autores, a expressão clínica do LE varia desde uma forma benigna, estritamente cutânea, o LECC, até uma forma sistêmica de pior prognóstico, com comprometimento principalmente renal e neurológico, conhecida como lúpus eritematoso sistêmico (LES). Existe uma forma intermediária, que acomete a pele e em 50% das vezes também apresenta comprometimento sistêmico, chamada de lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LECS). Alguns casos diagnosticados inicialmente como LECC podem evoluir para LES. Além do prognóstico, a abordagem terapêutica difere conforme a forma clínica do espectro LE. A epidemiologia do LECC mostra que, com maior freqüência, a idade de instalação da doença varia entre 20 e 40 anos.5 É doença rara na infância ou em indivíduos com mais de 70 anos de idade. Existe predominância de acometimento no sexo feminino, em proporção ao redor de 2:1, conforme a maioria dos estudos internacionais. Manifesta-se em qualquer raça. A literatura mostra que existem casos familiares de LE, o que se verifica em 4% dos pacientes.
A lesão clínica cutânea mais comum do LECC é a placa discóide, classicamente descrita como mácula ou placa eritematosa, com bordas bem definidas e superfície com descamação lamelar aderente, mostrando em seu reverso espículas queratósicas correspondentes à hiperqueratose folicular, chamadas de tachas de tapeceiro. Essas lesões evoluem centrifugamente, assumindo forma de disco, muitas vezes com alterações discrômicas, presença de telangiectasias e deixando cicatriz atrófica central e, no couro cabeludo, alopecia cicatricial. Outras apresentações clínicas menos freqüentes e de diagnóstico mais difícil também são descritas, como a verrucosa ou hipertrófica, a túmida, o lúpus eritematoso pérnio, entre outras muito raras. Em geral as lesões são assintomáticas; é comum, entretanto, que alguns pacientes relatem ardor e piora das lesões com a exposição solar. Pode haver o acometimento de mucosas, mas na literatura é excepcional o encontro de trabalhos especificamente a ele relacionados.É infreqüente o achado de manifestações sistêmicas em pacientes com LECC, porém alguns deles se queixam de artralgias ou apresentam fenômeno de Raynaud.Os exames sorológicos, como a pesquisa de auto-anticorpos circulantes, que são tão valorizados no diagnóstico do LES, não são importantes para o diagnóstico do LECC, só sendo utilizados para o diagnóstico diferencial com as formas sistêmicas e para detectar possíveis evoluções de LECC para LES.
MELASMA - é uma distúrbio pigmentar da pele caracterizada por manchas escuras na pele. Ocorre principalmente no rosto, mas pode ocorrer no tronco, pescoço e membros superiores. Ocorre mais frequentemente em mulheres. Acontece em cerca de dez por cento nos homens. Quando as manchas aparecem na gravidez, dá-se o nome de cloasma. Melasma é uma consequência de aumento de melanina na pele.Clinicamente o melasma se carateriza por manchas acastanhadas na pele sem sintomas, podendo acontecer simetricamente (nos dois lados da face). Deve ser considerado um distúrbio crônico, com tratamento e prevenção contínuos. Porém, existem casos onde o melasma desaparece após tratamento e controle adequados. O melasma é causado por vários fatores, com destaque para características genéticas, alterações hormonais, tais como gravidez, uso de anticoncepcionais e principalmente a radiação ultravioleta e infravermelho. Evitar se expor muito ao Sol, e usar filtros solares são duas formas de proteção, principalmente para gestantes. O uso de maquiagens deve ser feito com cuidado, verificando se o produto não causa maior absorção de luz solar e aumento na pigmentação da pele nas áreas de aplicação da substância, principalmente em pessoas alérgicas e durante a gravidez.
O cloasma pode não ser permanente, desaparecendo gradualmente com o fim da gravidez sem nenhuma ação da gestante. Os tratamentos para acabar com as manchas podem resolver o problema de forma lenta e progressiva. O paciente pode optar também por um bronzeamento artificial. Existem inúmeras formas de tratar o melasma, mas o sucesso depende do acompanhamento dermatológico regular e da conscientização do paciente nos fatores de prevenção. Durante a gravidez, o tratamento é mais suave, afim de não prejudicar o feto.
O aumento na pigmentação, causado por estímulos hormonais, como o estrogênio e progesterona ou o hormônio estimulante da formação de melanina, fazem com que o o melanócito (célula responsável pela produção do pigmento cutâneo)produza mais melanina. Ele não causa nenhum problema interno, mas assim como estrias, é queixa estética frequente na Dermatologia.
Existem três tipos de melasma: superficial, profundo e misto; sendo os dois últimos os mais difíceis de tratar.
MILIUM- é um pequeno cisto de queratina branco-amarelado superficial na pele.
MIISE -doença produzida por larvas de moscas. Ocorre em pacientes de baixo nível socioeconômico ou em pacientes de áreas rurais.
Há duas formas de miíases: a primária e a secundária. Na miíase primária, a larva da mosca invade o tecido sadio e nele se desenvolve (nesta fase, como parasita obrigatório). Na secundária, a mosca coloca seus ovos em ulcerações na pele ou mucosas e as larvas se desenvolvem nos produtos de necrose tecidual.
A miíase furunculóide (chamada de "berne"), causada pela larva da Dermatobia hominis. As fêmeas adultas depositam seus ovos em outros insetos. Estes, ao pousarem na pele,depositam os ovos que, devido a temperatura da pele, eclodem e liberam as larvas. Uma vez na pele, a larva se desenvolve em um período de 30 a 70 dias, quando abandona o hospedeiro, cai no solo e se transforma em pupa. A cavitaria tem três formas; cutânea, cavitária e intestinal. A forma cutânea ocorre pelo depósito de ovos de moscas em ulcerações da pele com o desenvolvimento de larvas. A cavitária é encontrada em cavidade nasal (particularmente em doentes com leishmaniose nasal), cavidade de orelha e da órbita. Já a forma intestinal surge pela ingestão de alimentos contaminados com larvas. M. furunculóide: apresenta-se como um nódulo furunculóide, em cuja parte central há um pequeno orifício. A dor depende da localização, mas é freqüentemente descrita como"ferroada". Pode haver infecção secundária, com diagnóstico diferencial de furúnculo e piodermite. O tratamento consiste na espremedura da lesão puxando-se a larva suavemente com uma pinça.
M. cutânea: neste caso vê-se as larvas movimentando-se ativamente nas lesões cutâneas. Como tratamento, retira-se as larvas após matá-las com éter ou nitrogênio líquido.
M. cavitária: aqui as larvas encontram-se em cavidades naturais, como a nasal. O tratamento é igual ao da miíase cavitária.
MUCINOSE- A mucinose follicular, também chamada de alopecia mucinosa, é mucinose cutânea caracterizada pelo acúmulo de mucina no folículo pilossebáceo. As mucinoses têm duas formas de apresentação: uma idiopática ou primária, e outra sintomática ou associada a diversos processos benignos e malignos. Ela tem sido observada em todas as raças, em todas as idades e igualmente em ambos os sexos. Sua causa permanece desconhecida, mas a tendência atual é considerá-la um padrão de reação do epitélio folicular a diversas noxas. O aspecto objetivo são o de "placas planas ou elevadas, de coloração rósea ou vermelho-violácea, por vezes escamosas ou ceratósicas, edematosas ou infiltradas, com ou sem prurido; sobre essas placas, poros pilossebáceos abertos, pequenas pápulas foliculares e áreas de alopecia. Entretanto, convém salientar que essa forma de apresentação clínica nem sempre é tão típica, ocorrendo variantes que compreendem desde formas nodulares a outras que simulam foliculites, alopecia areata, alopecia cicatricial, eczema crônico, lesões acneiformes, urticária e formas eritrodérmicas inclusive. Menção especial deve ser feita à chamada linfocitose de células T foliculotrópica, forma de mucinose folicular pobre em mucina que exibe infiltrado celular constituído por linfócitos T, comprometendo todos os folículos associados a hiperceratinização, espongiose e hiperplasia folicular na ausência de deposição de mucina. O achado de linfócitos típicos sem agredir o folículo piloso, bem como o estudo imuno-histoquímico, ajuda a distingui-la do linfoma de células T foliculotrópico. Tal entidade pode seguir curso indolente ou evoluir para linfoma de células T foliculotrópico, micose fungóide ou linfoma anaplásico. Dignos de consideração, também, são os freqüentes relatos de disestesias no nível das eflorescências consistentes em diminuição das sensibilidades tátil, dolorosa e ao frio, mas com sensibilidade aumentada ao calor.
NOCARDIOSE - A Nocardiose cutânea pode ser decorrente de uma infecção primaria da pele ou conseqüente a uma disseminação de um processo sistêmico.Ela tem se tornado mais freqüente devido ao avanço das técnicas diagnósticas.São conhecidas três formas clinicas. A infecção aguda primaria onde a lesão cresce no local da inoculação e lembram um processo piogenico uma celulite ou um abcesso em formação.A nocardiose cutânea crônica primaria a lesão se inicia por um nódulo indolor no local do trauma e que se extende causando um edema desfigurante do local.Na nocardiose diseeminada o paciente apresenta múltiplas lesões na pele e no tecido sucutaneo.No Brasil ela é considerada como um micetoma.
OCRONOSE - ou alcaptonúria é uma condição mórbida, rara, devido a um erro inato do metabolismo da fenilalanina e tirosina, transmitido de forma autossômica recessiva. Resultando na deficiência completa da enzima ácido homogentísico oxidase (HGO), causada por mutação no gene 3q (3q21 – q23), levando ao acúmulo do ácido em diversos órgãos e tecidos, com aumento de sua excreção urinária. As manifestações clinicas caracterizam-se por pigmentação sepia da esclera e das cartilagens da orelha e do nariz. Observa-se ainda, coloração negra e pardo-esverdeada das secreções sebáceas.
ONICOMICOSE é uma micose superficial que compromete as unhas. A onicomicose é causada primariamente por dermatófitos, Candida spp. e outros fungos não dermatófitos. Entre os agentes fúngicos, os dermatófitos, particularmente Trichophyton rubrum, são os mais comuns desses patógenos. Atualmente, Candida spp. pode invadir a unha distal e proximal. As onicomicoses provocadas por fungos não dermatófitos vêm aumentando em sua prevalência, e, pela similaridade clínica com a onicomicose por dermatófito, é necessário o diagnóstico laboratorial para sua diferenciação.
PANICULITE - é uma doença inflamatória da pele que se carateriza pela formação de nódulos dolorosos na gordura do tecido subcutâneo. Estes nódulos podem ser solitários ou múltiples com tamanho entre 0.5 e 10 centímetros, e sua consistência pode ser dura ou flutuante. As lesões demoram entre uma e oito semanas em desaparecer deixando ás vezes uma área pigmentada e deprimida no sítio afetado. Podem estar acompanhadas de febre , alterações na função hepática, diatese hemorrágica, lesões pulmonares nodulares e disfunção pancreática. O quadro histológico é de necrose gordurenta con infiltrados de células inflamatórias e macrófagos cheios de gordura. Até há pouco tempo estes síntomas eram conhecidos como a doença de Weber-Christian, mas está-se abandonando este término devido á diversidade de causas da paniculite. O diagnóstico é diferencial, entre outras causas de paniculite, como a linfóides, a eosinofílica, as doenças do colágeno (Ex. Lupus e esclerodermia), entre outros. É fundamental o estudo em sangue da concentração e fenotipo da AAT.
PARAPSORIASE - é uma doença de causa desconhecida que forma lesões cutâneas com poucos sintomas, mas de curso arrastado e refratárias ao tratamento. De acordo com a forma de manifestação, divide-se em parapsoríase de pequenas placas e de grandes placas.Alguns autores consideram a parapsoríase uma fase inicial da micose fungóide, uma forma de linfoma, podendo evoluir para ela após alguns anos.
PENFIGO - Pênfigo vulgar é uma doença mucocutânea, autoimune, vesículo-bolhosa, que afeta pessoas entre a 5o e 6o décadas de vida, näo havendo predileçäo por sexo.
PEDICULOSE - é uma dermatose pruriginosa produzida por piolhos e apresenta três localizações principais, cada uma provocada por um agente diferente:
- Cabeça - Pediculus humanus var. capitis (piolho da cabeça)
- Tronco - Pediculus humanus var. corporis (piolho do corpo);
- Púbis - Phthirus pubis (chato)
O Pediculus humanus (capitis ou corporis) apresenta cabeça, tórax, abdome e três pares de patas. Já o Phthirus pubis também tem essa divisão, mas é bastante achatado e possui pernas desenvolvidas para fixação no folículo piloso. Ambos são hematófagos, liberando e inoculando substâncias irritantes e sensibilizantes, sendo o mecanismo de hipersensibilidade o maior responsável pela clínica (aproximadamente 10%) que aparece cerca de 10 dias após a infestação. A clinica depende da localização: na cabeça (Couro Cabeludo)Sempre há prurido, principalmente em regiões occipital e retroauriculares. Além disso, podem existir escoriações (pelo prurido intenso), infecções secundárias, aumento de linfonodos regionais e outras alterações. A primeira região que devemos examinar quando existirem queixas de prurido intenso na cabeça é a occipital, ou seja, começamos a examinar sempre pela região da nuca e, abrindo o cabelo com as mãos, podemos verificar regiões eritematosas, pequenas pápulas escoriadas. O fundamental para o diagnóstico de pediculose, entretanto, é a presença de lêndeas (ovos branco acastanhados), que ficam bem aderidas aos fios de cabelo. Para diferenciar de dermatite seborreica, que é bastante confundida, é só tentar puxar: se for lêndea não sai e se for “caspa” sai facilmente. Às vezes, podemos encontrar até mesmo os piolhos.
Corporal: No corpo existem, geralmente, lesões pápulo-urticariformes, às vezes até hemorrágicas. O piolho fixa-se no folículo e vemos pápulas acastanhadas, hemorrágicas, ao redor desse folículo, as quais são chamadas de manchas cerúleas. Podemos encontrar, também, escoriações e, se for um processo crônico, pode haver liquenificação e pigmentação. Acomete, principalmente, tronco, abdome e nádegas e seu diagnóstico é difícil, tendo que ser diferenciado até mesmo de escabiose, mas o piolho é bem maior e pode ser visto facilmente.
Na pediculose Pubiana a fixação do Phthirus pubis nos pêlos pubianos (Lêndeas fixas) ou em região pubiana ou nas roupas. Podemos encontrar, também, manchas puntiformes e cerúleas, prurido intenso, escoriações, crostas hemorrágicas e infecção secundária, em região pubiana, perineal ou abdominal, tórax e coxas. O diagnóstico é dado pelo achado do parasitas (piolhos) e lêndeas (ovos fixos nos fios). O tratamento é tópico a base da aplicação de Loções anti escabicidas. Essas substâncias devem ser usadas por três noites seguidas (uma vez por noite) e repetidas após 8-10dias.
Existem, também, medicações de dose única, mas as lêndeas ficam aderidas aos fios e devem, então, ser retiradas,o que é mais diifícil. Em crianças, as mães podem passar pente-fino com água morna e vinagre branco, pois essas substâncias dissolvem a “cola” das lêndeas e permite que esas sejam retiradas pela escovação com pente-fino. Quando há reação alérgica intensa, há indicação de anti-histamínicos. Além disso, é muito importante o tratamento profilático dos comunicantes, bem como o tratamento.
PSORIASE - A psoríase é uma doença inflamatória da pele, benigna, crônica, relacionada à transmissão genética e que necessita de fatores desencadeantes para o seu aparecimento ou piora. Afeta 1 a 2% da população mundial. Acomete igualmente homens e mulheres, embora o início seja mais precoce nas mulheres. Existem dois picos de idade de prevalência: antes dos 30 e após os 50 anos. E, em 15% dos casos, surge antes dos dez anos de idade. Pode apresentar-se de várias maneiras, desde formas mínimas, com pouquíssimas lesões, até a psoríase eritrodérmica, na qual toda a pele está comprometida.
A forma mais frequente de apresentação é a psoríase em placas, caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas e descamativas na pele, bem limitadas. É comum ocorrerem fases de melhora e de piora. Quando as placas regridem, costumam deixar área de pele mais clara no local afetado. As lesões de psoríase são geralmente assintomáticas, mas pode haver prurido discreto. Existem ainda a psoríase ungueal (foto abaixo), com lesões apenas nas unhas, a psoríase pustulosa, com formação de pústulas principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés e a artrite psoriásica que, mais comum nos dedos das mãos, caracteriza-se por inflamação articular que pode causar até a destruição da articulação. Outra forma de apresentação é a psoríase gutata, com surgimento eruptivo de pequenas lesões circulares (em gotas), frequentemente associada a um quadro infeccioso sendo as infecções de garganta bastante comuns. O diagnóstico da psoríase é geralmente clínico, através da história e do exame dermatológico. Pode ser confirmado por uma biópsia, que revelará um quadro bem característico. O tratamento vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicações tópicas nos casos mais simples até tratamentos mais complexos com medicações sistêmicas com necessidade de internação para os casos mais graves. A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o componente emocional não deve ser menosprezado.
Uma vida saudável com a pratica de exercícios físicos, evitando-se o stress vai colaborar para a melhora. A exposição solar moderada logo no início da manhã é de grande ajuda. O paciente deve também manter a pele sempre bem hidratada. Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível se conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a remissão do quadro por vários meses.
PENFIGO - são doenças que causam o aparecimento de bolhas na pele e, algumas vezes, nas mucosas. Eles têm como característica comum a localização das bolhas na camada mais superficial da pele, a epiderme. Um mecanismo imunológico, de auto-agressão, faz com que anticorpos ataquem a pele, provocando a perda da aderência entre as células da epiderme, causando as bolhas.Existem diferentes tipos de pênfigos. Os 2 principais são o Pênfigo VULGAR - e o Pênfigo Foliáceo. O Pênfigo Foliáceo tem uma variedade que ocorre no Brasil, na região centro-oeste e nos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo, conhecida como Fogo Selvagem.
PERLECHE - é uma dermatose que ocorre nos cantos da boca.Inicia com uma reação inflamatória, e posteriormente a colonização pelo fungo (candida albicans) e, às vezes, por bactérias(estreptococo) nestes locais , devido a um maior acúmulo de saliva (umidade). São mais comuns em crianças com tendência à dermatite atópica, aquelas pessoas que tem o hábito de ficar lambendo os lábios ou que usam aparelhos dentários ou também doentes neurológicos.Nos idosos, os fatores anatômicos como o sobrefechamento da boca cria dobras nos cantos da mesma como um fator predisponente, por uso de dentaduras (ou retirada delas para dormir) e, às vezes, pela falta de peças dentárias. O quadro vem associado a ardência, dor, secura e desconforto nos cantos da boca, principalmente com alimentos e bebidas ácidas. Observa-se uma área avermelhada de fundo algumas vezes esbranquiçadas, com escamas, às vezes pus e rachaduras nos cantos da boca . O diagnóstico é dado clinicamente pelo aspecto da lesão ou pelo exame direto do material dos cantos da boca para identificação de uma infecção por fungo ou bactéria em casos especiais (atípicos ou recorrentes). O tratamemto é realizado com o uso de medicações locais. Deve ser recomendado evitar alimentos e bebidas ácidas que irritam o local. Raramente são necessários tratamentos a longo prazo, por via oral ou até cirúrgico para corrigir a má oclusão da boca em pessoas mais idosas quando se torna crônico ou recidivante.
PITIRIASE ALBA -
A Pitiríase alba é uma doença de causa desconhecida porém muito frequente nas pessoas com história pessoal ou familiar de atopia (asma, bronquite, rinite alérgica, eczema atópico). Também é conhecida como dartro volante.
s manifestações da doença surgem principalmente após a exposição intensa da pele ao sol. Caracterizam-se por manchas claras, arredondadas, finamente descamativas, de limites imprecisos e muitas vezes com um aspecto pontilhado. Devido às manchas claras, a doença muitas vezes é confundida com a pitiríase versicolor. As localizações mais frequentes são a face, tronco e membros superiores.
PITIRIASE VERSICOLOR – A Pitiríase versicolor é definida como uma infecção fúngica (micose) superficial caracterizada por alterações na pigmentação cutânea, que variam do branco ao marrom, justificando o atributo "versicolor". O distúrbio de pigmentação é devido à colonização do estrato córneo por um fungo dimórfico, lipofílico, encontrado na flora normal da pele, conhecido como Malassezia furfur. Trata-se de doença prevalente nos trópicos, mas também comum em climas temperados. Há vários tratamentos disponíveis com taxas elevadas de cura, porém as recorrências são freqüentes. Existe em todo o mundo. É muito comum, afetando até 40% da população dos países nos trópicos, mas também é comum nas áreas temperadas. Afeta ambos os sexos e em todas as raças, e apresenta distribuição variável segundo a faixa etária, verificando-se a maioria dos casos em adultos jovens. É importante lembrar que a PV não é contagiosa e que hábitos de higiene precários não representam fator desencadeante dessa infecção. O diagnóstico baseia-se no aspecto clínico das lesões. No exame micológico direto é positiva para pseudo-hifas, mas a cultura para fungos em meio enriquecido com óleo de oliva não é feita como rotina. O tratamento apresentou mudanças cronológicas, ocorrendo substituição gradativa de antifúngicos tópicos por sistêmicos, por três razões: (I) a adesão do paciente é inadequada às medicações tópicas pelo tempo de uso necessário, dificuldade de aplicação em áreas extensas e odor desagradável de certos agentes; (II) a eficácia dos agentes tópicos é menor, e a taxa de recorrência varia de 60 a 80%; (III) o surgimento de antifúngicos sistêmicos com menor índice de eventos adversos.[2]
POIQUILODERMIA - A poiquilodermia de Civatte é uma condição caracterizada por hiperpigmentação, telangiectasia e atrofia que acomete predominantemente o pescoço e a face de forma simétrica, poupando a área encoberta pelo mento. A sua ocorrência é associada à predisposição genética, à exposição cumulativa ao sol, ao processo de envelhecimento, à hipersensibilidade de contato e a fatores hormonais. Os tratamentos atualmente preconizados baseiam-se na utilização de sistemas de luzes que atuam através do princípio da fototermólise seletiva, isto é, dano térmico confinado a alvos específicos no tecido. Estudos clínicos mostram bons resultados no tratamento da poiquilodermia de Civatte com a luz intensa pulsada.
PORFIRIAS - é um grupo de distúrbios herdados ou adquiridos que envolvem certas enzimas participantes do processo de síntese do heme. Estes distúrbios se manifestam através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas. Existem diferentes tipos de porfirias, atualmente sendo classificadas de acordo com suas deficiências enzimáticas específicas no processo de síntese do heme.
O termo porfiria deriva da palavra grega πορφύρα, porphura, significando "pigmento roxo". O nome também aparenta ser uma referência à coloração arroxeada dos fluidos corporais dos pacientes durante um ataque. A doença é utilizada para explicar a origem dos mitos dos vampiros e lobisomens, devido às similaridades entre os sinais e sintomas da doença com o folclore.
Embora as primeiras descrições da porfiria tenham sido atribuídas a Hipócrates, a doença foi explicada bioquimicamente por Felix Hoppe-Seyler em 1874, e as porfirias agudas foram descritas pelo médico holandês B.J. Stokvis em 1889. Existem dois principais tipos de manifestações clínicas características das porfirias, a aguda e a cutânea.

PORFIRIA AGUDA
As porfirias hepáticas com manifestações agudas afetam primariamente o sistema nervoso central, resultando em dor abdominal, vômitos, neuropatia aguda, convulsões e distúrbios mentais, incluindo alucinações, depressão, paranóia e ansiedade. Se houver acometimento do sistema nervoso autônomo, podem ocorrer constipação, elevação ou queda da pressão arterial, taquicardia e outras arritmias cardíacas. Em casos mais graves, pode ocorrer distúrbio eletrolítico com hiponatremia, paralisia do bulbo cerebral com parada respiratória e distúrbio psiquiátrico culminando em suicídio. A fisiopatogenia provavelmente é por efeito tóxico dos precursores de porfirina, o ácido δ-aminolevulínico (ALA) e porfobilinogênio (PBG).
Os ataques da doença podem ser desencadeados por drogas (como barbitúricos, álcool, drogas, sulfa, contraceptivo oral, sedativos e certos antibióticos), outros agentes químicos e certos alimentos. O jejum também pode desencadear os ataques, pela queda na glicemia.Os pacientes com porfirias hepáticas (PCT, AIP, HCP, VP) estão em risco aumentado de terem carcinoma hepatocelular (câncer de fígado) e podem precisar de monitoramento. Outros fatores de risco típicos para o câncer de fígado não precisam estar presentes, como a hepatite B ou C, excesso de ferro ou cirrose de qualquer etiologia.
Devido aos diversos tipos e a ocorrência relativamente incomum de porfiria, geralmente a porfiria não é a primeira suspeita diagnóstica, o paciente pode inicialmente ser suspeito de ter outra doença não-relacionada. Por exemplo, a polineuropatia da porfiria aguda pode ser confundida com a síndrome de Guillain-Barré, e os exames de porfiria são geralmente recomendados nestes casos. O lúpus eritematoso também apresenta fotossensibilidade e ataques de dor, além de compartilhar diversos outros sintomas com a porfiria. Entre os pacientes com diagnósticos de distúrbios psiquiátricos, a incidência de exames positivos para porfiria aguda intermitente chega a ser de 1 para cada 500 casos , muito acima da média, o que sugere que muitos "pacientes psiquiátricos" são na realidade portadores de porfiria não tratada.
As porfirias eritropoiéticas afetam primariamente a pele, levando a fotossensibilidade, bolhas, necrose da pele e gengivas, prurido, edema e aumento da pilificação (crescimento de pêlos) em áreas como a fronte.Em algumas formas de porfiria, o acúmulo de precursores do heme excretados pela urina podem mudar sua cor, após exposição ao sol, para um vermelho ou marrom escuros, ocasionalmente até um tom de púrpura. Também pode haver acúmulo dos precursores nos dentes e unhas, levando-os a adquirir uma coloração avermelhada.
Estrutura tridimensional da hemoglobina. As quatro subunidades são mostradas em vermelho e amarelo, e o grupo heme em verde.A porfiria é diagnosticada através de espectroscopia (porfirinas têm um espectro característico de absorção) e exames bioquímicos no sangue, urina e fezes. De modo geral, a dosagem de porfobilinogênio (PBG) na urina é o primeiro passo na suspeita de porfiria aguda. Como resultado do feedback, a produção reduzida de heme leva a um aumento na concentração de precursores, sendo que o PBG é um dos primeiros na cadeia sintética da porfirina. Dessa maneira, sua concentração urinária está elevada em praticamente todos os casos de porfiria aguda, exceto na rara deficiência de ALA dehidratase e em pacientes com saturnismo (intoxicação por chumbo) ou tirosinemia hereditária tipo I.Para detecter a porfiria, podem ser necessários repetidos exames durante um ataque e seus ataques subsequentes, já que os níveis podem estar normais ou próximos ao normal entre os ataques.Como a maioria das porfirias são doenças raras, os laboratórios hospitalares em geral não possuem especialização, tecnologia ou tempo para seus funcionários realizarem o exame de porfiria. Em geral, os exames envolvem o envio de amostras de sangue, fezes e urina para um laboratório de referência.
As amostras colhidas para detectar a porfiria devem ser manuseadas com cuidado, sendo protegidas da luz e refrigeradas. As amostras devem colhidas durante uma crise, caso contrário um resultado falso negativo pode ocorrer. Podem ser solicitados alguns exames para diagnóstico dos órgãos afetados, como os estudos da condução nervosa para neuropatias ou um ultra-sonografia para o fígado. Exames bioquímicos básicos podem ajudar a identificar a doença no fígado, carcinoma hepatocelular e outros problemas nos órgãos.
Classicamente as porfirias eram classificadas de dois modos.
Uma classificação era de acordo com o local de acúmulo dos precursores do heme, ou seja, no fígado (porfirias hepáticas) ou no sangue (porfirias eritropoiéticas):
* Porfirias hepáticas: caracterizadas por ataques neurológicos agudos (convulsões, psicose, dor extrema nas costas e abdômen e polineuropatia aguda)
* Porfirias eritropoiéticas: apresentam problemas de pele, geralmente erupções de bolhas sensíveis à luz solar e crescimento aumentado de pêlos.
Também eram classificadas de acordo com os principais sinais e sintomas:
* Porfirias agudas: causam sintomas neurológicos.

* Porfirias cutâneas: causam fotossensibilidade cutânea.
Estas antigas classificações de porfirias já foram bem estudadas e caracterizadas, o que as tornou obsoletas, apesar de úteis. Atualmente as porfirias são classificadas mais precisamente de acordo com suas deficiências enzimáticas específicas:

POROMA - É uma neoplasia benigna e rara da glândula sudorípara,
PRURIGO - Prurigo é um quadro cutâneo acompanhados ou não de lesões de pele e cuja causa pode variar desde uma simples sequidão da pele, alergias ,parasitoses ou até mesmo problemas renais , diabetes, problemas hepáticos e câncer interno.
PURPURAS - A Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) é uma doença sangüínea adquirida caracterizada pela trombocitopenia (diminuição do número das plaquetas no sangue). Como a maioria dos casos parece estar relacionada ao aparecimento de anticorpos contra as plaquetas, ela também é conhecida como púrpura trombocitopênica imunológica.Embora muitos casos sejam assintomáticos, a baixa contagem de plaquetas pode causar o surgimento de púrpura, que é uma manifestação que envolve o aparecimento de petéquias, equimoses e outras manifestações hemorrágicas. O quadro clínico, em geral, é de instalação abrupta, podendo ocorrer:
* Sangramentos cutâneos: presença de petéquias e equimoses
* Sangramentos mucosos: presença de epistaxe, gengivorragia, menorragia, hematúria ou sangramentos no trato gastrointestinal.
* Pode também existir fortes dores nas pernas junto com as hemorragias;
* O paciente pode ficar inchado, havendo aumento de peso;
A esplenomegalia normalmente não faz parte do quadro de PTI. Na sua presença, recomenda-se investigação de outras causas que levem ao aumento esplênico. Após anamnese, o diagnóstico é realizado através de um hemograma. No hemograma é análisada acontagem de plaquetas. Na PTI, o paciente apresenta número de plaquetas diminuído mas isso só não indica que o paciente tenha PTI já que as plaquetas podem estar em número diminuído em várias outras doenças. Outras doenças devem ser investigadas por um hematologista.
Embora as plaquetas sejam destruídas pelo baço, ele normalmente não se apresenta aumentado (isto é esplenomegalia ausente). O aumento acelerado na produção de plaquetas pode fazer com que no hemograma sejam visualizados megaplaquetas.
Pacientes com PTI apresentam tempo de sangramento aumentado mas tempo de protrombina e tempo de tromboplastina parcial ativada normais pois o problema se concentra nas plaquetas e não na cascata da coagulação.
QUERATOACANTOMA - Queratoacantoma é neoplasia cutânea benigna, pouco freqüente, que se caracteriza por uma fase de crescimento rápido seguida de involução espontânea. Seu quadro histopatológico assemelhase ao do carcinoma espinocelular Acomete principalmente indivíduos de pele clara, faixa etária elevada, com predileção por áreas corporais fotoexpostas, como face e membros superiores.Pode haver várias apresentações clinicomorfológicas ou formas sindrômicas de QA, embora a forma solitária seja a mais freqüente.
QUEILITE - é uma infecção causada pelo fungo candida albicans e localizada na área da comissura bucal (ângulo da boca). O seu surgimento pode estar atrelado a várias causas, como problemas respiratórios, excesso de salivação, geralmente quando a pessoa dorme de boca aberta, o que causa o acúmulo de saliva nos cantos dos lábios, uso de aparelhos ortodônticos ou próteses dentárias mal ajustadas, uso de fio e pasta dental.
QUERATOSE SEBORREICA - A queratose seborréica, verruga seborréica ou senil é um tumor nevóide, de herança autossômica dominante, caracterizada por lesões verrucosas, às vezes únicas, porém geralmente múltiplas, localizadas freqüentemente em tronco, couro cabeludo, face, pescoço e membros. As regiões palm-plantares são poupadas. As lesões consistem em pápulas circunscritas, ligeiramente elevadas, acastanhadas, friáveis à manipulação e de diâmetro que varia de poucos milímetros a 3 centímetros. Raramente são pruriginosas. São recobertas por escama aderente, córnea e graxenta, que quando removida mostra base cruenta úmida. Podem aumentar em número quando o paciente está ganhando peso e quando localizadas em áreas intertriginosas, pode haver infecção secundária, com maceração e mau odor. Surgem em torno da quarta década de vida, sendo raras em melanodérmicos.
O aparecimento súbito de múltiplas lesões pode ser indicativo de neoplasia (manisfestação paraneoplásica) de pulmão, próstata, cólon, reto), mama, adenocarcinomas gátrico e nasal,linfomas do sistema nervoso central, síndrome de Sezary, carcinoma de células renais e micose fungóide. O mais freqüente é o adenocarcinoma de estômago, perfazendo 60% dos casos. Na maioria das vezes, a dermatose começa aproximadamente ao mesmo tempo do desenvolvimento do câncer. É o chamado sinal de Leser-TrélatPorém, o aparecimento de múltiplas lesões, não representa, obrigatoriamente, sinal de malignidade.
QUERATOSE ACTINICA - A queratose actínica é uma lesão induzida pelo sol e pode surgir em qualquer parte do corpo que tenha sofrido com o excesso de exposição ao sol. Normalmente a face, as mãos, os antebraços e o “V” do pescoço são áreas especialmente suscetíveis a este tipo de lesão.

Trata-se de uma alteração pré-maligna, ou seja, se não for tratada pode vir a se transformar em câncer de pele. É considerada por alguns dermatologistas como um carcinoma de células escamosas (CCE) in situ.Uma Mutação específica no gene P53, induzida pela Radiação ultravioleta (R-UV), tem sido demonstrada nesse tipo de lesão.A queratose actínica tem 3 possíveis modelos de comportamento: 1) regressão espontânea, 2) persistência ou 3) progressão para um CCE invasivo.Estima-se que o risco das pessoas com múltiplas lesões do tipo queratose actínica evoluirem para um CCE seja de 10%, o que é considerado um risco alto. Devido ao fato de serem lesões pré-cancerosas as ceratoses actínicas devem ser tratadas. O tratamento é feito através da destruição das ceratoses pela cauterização química, eletrocoagulação ou crioterapia com nitrogênio líquido, e terapia foto dinâmica devendo ser realizado por um médico dermatologista após a avaliação de cada caso.
QUERATOSE PILAR - É uma desordem autossômica dominante lentamente progressiva de queratinização caracterizada por pápulas cor-de-rosa a bronzeadas que coalescem para formar placas. Essas lesões tornam-se escuras com o tempo e comumente se fundem.Trata-se de uma situação extremamente frequente que acontece em decorrência de um distúrbio nos folículos pilosos (nome científico dados aos Poros da pele ).
Ocorre um acúmulo de Queratina (substância que reveste a pele), que se concentra na abertura dos poros, como se fosse uma pequena rolha.

Essas pequenas rolhas dão à pele uma sensação de aspereza, e são confundidas com "cravos" pela maioria das pessoas.Normalmente essas lesões estão localizadas na região anterior e lateral das coxas, região lateral e posterior dos braços, ou às vezes nas costas.
Existem formas mais raras que ocupam as maçãs do rosto, onde ganham aspecto avermelhado e são facilmente confundidas com eczemas ou alergias.

Outra variante bastante rara da Queratose Pilar, é quando as lesões se localizam exclusivamente nas porções do centro e da cauda das sobrancelhas. Podem apresentar, além do aspecto avermelhado, graus variáveis de atrofia da pele.Uma vez que a Queratose Pilar é de causa genética, fica difícil eliminá-la em definitivo. Existe uma variante denominada de Queratose folicular espinulosa decalvante que é uma genodermatose rara, ligada ao X, caracterizada por hiperqueratose folicular, fotofobia, alopécia cicatricial do couro cabeludo e supercílios.

R

RADIODERMITES
A radiodermite, também denominada como radiodermatite, é a lesão cutânea resultante de excesso de exposição à radiação ionizante, que é considerada queimadura complexa.Essa lesão poderá decorrer de complicação secundária ou iatrogênia pós-tratamento radioterápico.A gravidade da lesão decorrerá da patologia envolvida, tipo de radioterápico, dosagem aplicada, tempo de exposição, freqüência de sessões, região anatômica comprometida e estado de nutrição do cliente, que determinará a quantidade de panículo adiposo no local irradiado.
Essas lesões cutâneas poderão apresentar complicações secundárias, como infecção local
ROSACEA - é uma doença da pele da face humana, que se caracteriza por manchas eritematosas e vasculite formando telangiectasias em peles oleosas. Pode infeccionar e criar pústulas e abcessos. Por esta razão é também conhecida como "acne rosácea".A rosácea está muito relacionada com o estado psicológico do paciente e piora com a ingestão de álcool, bebidas quentes, frio e vento. O tratamento resume-se a evitar os fatores desencadeantes acima e tratar as complicações infecciosas.

S

SARCOIDOSE - Sarcoidose é doença granulomatosa multissistêmica que geralmente compromete o trato respiratório e os linfonodos hilares. A pele é comumente afetada, mas raramente o couro cabeludo. Dois casos de sarcoidose com lesões no couro cabeludo são relatados: o primeiro, em paciente negra apresentando áreas de alopecia no couro cabeludo associada a outras lesões cutâneas; e o segundo, em paciente branca, portadora de sarcoidose pulmonar, com alopecia como manifestação cutânea isolada. A sarcoidose de couro cabeludo merece especial atenção, pois nos pacientes com essa forma de lesão cutânea existe alta incidência de acometimento sistêmico.
SICOSE -Infecção da pele, que se manifesta nos folículos pilosos, e é causada por estafilococos. Existe uma apresentação especial da sicose da barba, que é denominada sicose lupóide, por sua semelhança com o chamado lupus vulgar. Caracteriza-se pela presença de placa atrófica central, sem pêlos, que se estende perifericamente, marginada por pústulas e crostas.

T

TRICOTILOMANIA
Tricotilomania é um distúrbio caracterizado por arrancar cabelos sem fins estéticos. Tricotilomania é uma doença que é mais conhecida por seus sintomas do que pelo seu nome. Pessoas que sofrem desse distúrbio de controle de impulsos arrancam os fios de cabelo para controlar a ansiedade e o nervosismo. Algumas enrolam os fios no dedo para depois puxá-los.
Nos casos mais graves acabam ficando calvas ou com grandes falhas no couro cabeludo. As portadoras de Tricotilomania também podem apresentar comportamentos como cutucar a pele ou roer as unhas. O ato de arrancar os fios de cabelo não ocorre, geralmente, na presença de outras pessoas (exceto membros da família imediata), e em situações sociais isso pode ser evitado. Existe registro de pessoas que chegam até mesmo a comer o cabelo Arrancado, é a (Tricotilofagia), esse hábito pode causar perda de apetite, vômito, dores etc. e ainda o acúmulo de cabelos no estômago e freqüentemente exige cirurgia para a remoção do novelo de cabelos que se forma no estômago e até nos intestinos.Pessoas que sofrem de TTM, costumam brincar com os cabelos que arrancam, examinando a raiz, passando os cabelos nos seus lábios, mordendo e até mesmo comendo-os (Tricotilofagia). Algumas pessoas, especialmente crianças, também podem arrancar pêlos de outras pessoas ou de animais de estimação.
Essas pessoas sabem perfeitamente que esse comportamento não faz sentido algum, e por isso envergonham-se e tentam esconder a TTM.Para muitas pessoas esse comportamento começa ainda na infância ou adolescência e dura por toda a vida, levando- as a calvície total. A Tricotilomania pode ser transitória, episódica ou contínua e sua intensidade pode variar. A pessoa pode passar semanas ou meses sem apresentar este comportamento e, de repente, recomeçar.Existem diversos graus, desde pequenas falhas nos cabelos ou áreas de Alopécia até calvície total.
Os cabelos são arrancados devido à:Impossibilidade de resistir ao impulso,a sensação de tensão, ansiedade antes de começar a arrancá-los,a sensação de alívio da ansiedade, após arrancar os fios de cabelo.
Como conseqüências tem vergonha pelo comportamento e aparência,podem esconder o problema de sua família e amigos,podem evitar atividades sociais, praia, piscina, etc., para que seu problema não seja percebido.Isso leva a repercussões graves na auto-estima, na carreira e da vida social. Dores nas costas, pescoço pela posição forçada e repetitiva além de feridas e cicatrizes no couro cabeludo . As causas são:desconhecida.
TUBERCULOSE - A Tuberculose Cutânea (TbC) ocorre quando o bacilo de Koch atinge a pele por via exógena ou endógena, neste caso, a partir de focos de infecção no próprio organismo. A Tuberculose cutânea pode apresentar lesões caracterizadas por pápulas ou nódulos, que se ulceram, podendo apresentar infecção secundária.A primoinfecção tuberculosa ocorre geralmente no pulmão, mas quando ocorre na pele, pode-se encontrar no ponto de inoculação do bacilo, um cancro primário. Essa lesão regride espontaneamente, na maioria dos casos, deixando uma cicatriz na pele. A Tuberculose Cutânea costuma ocorrer mais nos países de clima quente e úmido e nos trópicos.Atinge populações em que as condições socioeconômicas são mais baixas.Indivíduos com HIV têm maior prevalência para adquirir a Tuberculose Cutânea.No Brasil a forma pulmonar tem maior incidência.
A forma cutânea é mais rara em comparação com a forma pulmonar. As lesões cutâneas podem decorrer de colonização da pele pelo Bacilo de Koch (tuberculose primária), que pode ser consequência de processo de hipersensibilidade ao foco tuberculoso ativo, localizado em outro ponto do organismo (tubercúlides).O Mycobacterium tuberculosis é uma forma de transição entre as eubactérias e os actinomicetos.
A espécie Mycobacterium tuberculosis (M.Tb) pertence à classe Schizomycetes; ordem Actinomycetales; família Mycobacteriaceae; gênero Mycobacterium.É um bacilo não-formador de esporos, sem flagelos, não-produtor de toxina, espécie aeróbica estrita e intracelular facultativa (é capaz de sobreviver e de se multiplicar no interior de células fagocitárias). O homem é o principal reservatório. O gado bovino infectado também funciona como reservatório.Os fatores de risco que podem ajudar a diminuir a capacidade de desenvolver resistência ao M.Tuberculosis, são os seguintes: Desnutrição. Alcoolismo. Silicose. Diabetes mellitus. Paracoccidioidomicose.Gastrectomia. Condições de imunossupressão por doenças (ex: Aids).Corticoterapia sistêmica.
Formas clínicas
* Escrofuloderma: O escrofudolerma é a forma mais freqüente de tuberculose cutânea no Brasil e nos países tropicais.
* Tuberculose verrucosa: A lesão tem a forma de verruga. É encontrada geralmente em pessoas que têm contato com doentes ou animais infectados. O processo infeccioso surge como resultado da introdução do bacilo de Koch, diretamente na pele do indivíduo No local de introdução do bacilo desenvolve-se lentamente uma lesão que acaba por formar uma placa verrucosa.
* Eritema indurado de Bazin: É a forma mais freqüente de Tuberculose cutânea. Destaca-se uma placa violácea, com limites imprecisos, tendo no centro uma ulceração. No início da manifestação da doença, as lesões são formadas por nódulos, que depois de algum tempo começam a ulcerar e se rompem.
* Lúpus vulgar. O lúpus vulgar é uma forma clínica rara no Brasil, sendo a forma mais freqüente em países da Europa. Geralmente, a doença ocorre como resultado de contato com indivíduo portador de Tuberculose. No início do processo infeccioso, surgem pápulas de cor amarelada, que gradualmente crescem e acabam por confluir, formando extensas placas deformantes.
O Lupus vulgas é uma forma progressiva da tuberculose cutânea que ocorrendo em pessoa com grau de imunidade moderado a alto. A patogênese pode alcançar a pele através do sangue ou linfa de órgão interno tuberculoso, ou por extensão direta de glândulas ou articulações infectadas subjacentes. A lesão característica é uma placa marrom-avermelhada composta de nódulos que mostram coloração de "geleia de maça" quando pressionada com lâmina de vidro (diascopia). A doença freqüentemente afeta a face levando a desfiguramento decorrente das lesões cutâneas destrutivas. É duas vezes mais comum em mulheres que homens
. Cancro tuberculoso.
Tuberculose Vulgar ou Tísica.
* Tuberculide pápulo-necrótica.
Diagnóstico
* Anamnese.
* Exame físico.
* Exame dermatológico.
* Exame clínico.
* Exames laboratoriais.
* Pesquisa de bacilos de Koch no material colhido da lesão cutânea.
* Prova tuberculínica: procedimento indicado como método auxiliar no diagnóstico da Tuberculose em pessoas não vacinadas com BCG.
* Raio X do tórax: exame necessário para investigar se existem comprometimento do pulmão (Tuberculose pulmonar).
O diagnóstico dos vários tipos de Tuberculose Cutânea, em alguns casos, são de grande valor clínico e terapêutico. A diferenciação entre o cancro tuberculoso primário, a tuberculose orificial e a goma tuberculosa ulcerada são importantes, pois nos últimos dois quadros, todo esforço deve ser feito para o encontro de um foco de envolvimento sistêmico. Escrofuloderma associado à tuberculose ganglionar, óssea ou articular exige intervenções cirúrgicas. Em contraste, a diferenciação entre o lúpus vulgar e verrucoso, geralmente não é possível, e não traz grandes implicações, pois há pouca diferença no prognóstico e tratamento.
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial deve ser feito para que a Tuberculose cutânea não seja confundida com outras patologias com quadro clínico semelhante. Através dos exames clínico, físico, laboratoriais e estudos radiológicos o médico pode excluir essas doenças, até chegar ao diagnóstico correto. As doenças com lesões cutâneas que podem ser confundidas com a Tuberculose cutânea são as seguintes:
* Cromomicose.
* Esporotricose.
* Hanseníase.
* Leishmaniose Tegumentar Americana.
* Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).
* Neoplasias cutaneomucosas.
* Paracoccidioidomicose (Blastomicose sul-americana).
* Sífilis primária (lesões cutâneas).

Tratamento: Existe tratamento específico para essa patologia. O Ministério da Saúde tem esquemas terapêuticos anti-TB. O paciente deve se dirigir aos postos de saúde e hospitais conveniados.
O tratamento pode ser feito em regime ambulatorial. Casos graves, pode ser necessária a internação hospitalar.
O tratamento tópico das feridas e lesões profundas devem ser feitos com o máximo de cuidado, para não ocorrer uma transmissão exógena. Esse tipo de transmissão é rara, mas pode ocorrer.
Tratamento cirúrgico, em alguns casos particulares, pode ser necessário.
O controle do tratamento consiste na aplicação de meios, que permitam o acompanhamento da evolução do tratamento e a utilização correta dos medicamentos, durante o período que foi prescrito pelo médico.
Vacinação BCG
As complicações pós-vacinação com BCG são extremamente raras, podendo ocorrer, com maior freqüência em pacientes portadores de AIDS ou quando se faz aplicação subcutânea, intramuscular ou em dose mais elevada que 0,1 ml. A forma mais observada de reação ao BCG é a linfadenite.
Prevenção
Medidas sanitárias:
* Notificação Compulsória às Autoridades Sanitárias.
* Inquéritos para descoberta de casos novos.
* Matricular o paciente nos serviços públicos de saúde.
* Educação sanitária ao público.
* Campanhas publicitárias para divulgação da prevenção da Tuberculose.
* Campanhas dirigidas à divulgação dos sinais e sintomas da doença, e quais medidas devem ser tomadas, caso ocorra os sintomas.
* Pasteurização do leite.
* Rebanho bovino vacinado.
* Animais importados devem ter comprovante de vacinação em dia.
Medidas gerais:
* Ferver o leite não pasteurizado por um período de 2 a 3 minutos.
* Não beber o leite retirado direto do úbere da vaca, sem ferver. Essa prática é muito utilizada em fazendas, beber o leite ainda quente retirado do úbere (tetas) da vaca.
* Ir ao médico quando apresentar lesões e nódulos na pele.
TUMORES CUTANEOS - Os tumores cutâneos, que são acumulações anormais de diferentes tipos de células, podem ser de nascença ou então desenvolver-se posteriormente. Quando o crescimento é controlado e as células não se espalham para outras partes do corpo, estas formações cutâneas (tumores) são não cancerosas (benignas). Quando o crescimento é descontrolado e as células invadem tecido normal e, além disso,
Como tumores cutâneos temos os nevos, acrocordons, lipomas,
Os nevos (lunares, sinais) são pequenas formações cutâneas geralmente escuras que se desenvolvem a partir das células produtoras de pigmento da pele (melanócitos).
Os nevos têm diversos tamanhos, podem ser planos ou salientes, lisos ou rugosos (verrugosos) e em alguns deles crescem pêlos. Embora em geral sejam de cor pardo-escura ou negra, os nevos podem também ser cor de carne ou amarelo-pardacentos. Quase todos os indivíduos têm cerca de 10 sinais que, na maioria dos casos, se formam durante a infância ou a adolescência. Tal como todas as células, as pigmentadas respondem às variações dos valores hormonais e por isso os nevos podem aparecer, aumentar de tamanho ou escurecer durante a gravidez.
Dependendo do seu aspecto e da sua localização, os nevos podem ser considerados manchas ou sinais de beleza. Os nevos que se mostram pouco atraentes ou que estão localizados em zonas onde as peças de vestuário os podem irritar, podem ser extraídos pelo médico utilizando um bisturi e anestesia local.
Habitualmente, os nevos são inofensivos e não têm que ser extirpados. No entanto, alguns assemelham-se muito ao melanoma maligno, um cancro da pele, e pode ser difícil diferenciar uns dos outros. Além disso, a partir de nevos não cancerosos pode formar-se um melanoma maligno. De facto, quase metade dos melanomas malignos começam nos sinais, pelo que um sinal que tenha um aspecto duvidoso deverá ser extraído e examinado ao microscópio. As alterações num sinal, como um aumento de tamanho (especialmente com um bordo irregular), escurecimento, inflamação, mudanças de cor sarapintadas, hemorragia, pele rasgada (úlcera), comichão e presença de dor são possíveis indicadores de um melanoma maligno. Se o sinal for canceroso, é possível que seja necessária uma segunda operação para extrair a pele que o rodeia.se espalham (formam metástases) a outras partes do corpo, os tumores são cancerosos (malignos).
Os sinais atípicos (nevos displásicos) são formações planas ou elevadas de pele escura, maiores que os sinais vulgares (com mais de 1 cm de diâmetro) e não são necessariamente redondos. A sua cor varia desde o bronzeado até ao pardo-escuro, frequentemente sobre um fundo rosado.
Algumas pessoas têm mais de 100 sinais atípicos que podem continuar a aparecer mesmo depois de passada a idade madura. Os sinais atípicos podem aparecer em qualquer parte do corpo, apesar de serem mais frequentes nas zonas cobertas como as nádegas, o peito e o couro cabeludo (uma distribuição consideravelmente diferente da dos nevos vulgares).
A tendência para se ter sinais atípicos é hereditária, embora eles se possam formar em algumas pessoas sem história familiar neste aspecto. Se uma pessoa tiver sinais atípicos e dois ou mais familiares próximos tiverem tido muitos sinais atípicos e melanoma (síndroma do nevo displásico), ela corre um grande risco de desenvolver um melanoma maligno. Não se sabe se o risco de melanoma é maior nas pessoas que tenham sinais atípicos, mas que não tenham história familiar de melanoma.
Quem tem sinais atípicos (particularmente aqueles com história familiar de melanoma) deve procurar qualquer alteração que possa indicar melanoma maligno. Todos os anos deverão submeter-se a um exame de pele feito pelo seu médico de família ou pelo dermatologista. Os dermatologistas observam os sinais atípicos para controlar as alterações discretas, como uma mudança de cor ou de tamanho. Para ajudar a controlar estas alterações, os dermatologistas utilizam com frequência fotografias a cores de corpo inteiro. Se se der qualquer das alterações mencionadas num sinal atípico, este deverá ser extirpado.
Alguns especialistas pensam que a radiação solar acelera o desenvolvimento dos sinais atípicos, bem como as suas alterações. Os doentes com sinais atípicos deverão evitar a exposição ao sol. Quando estiverem ao sol, deverão usar sempre um filtro solar com um factor de protecção (FPS) de pelo menos 15. Estes filtros solares podem formar uma espécie de barreira contra os raios ultravioleta (UV), que provocam cancro.
Os acrocordones são pequenas excrecências de pele moles, macias e cor de carne ou ligeiramente escuras que aparecem normalmente no pescoço, nas axilas e nas virilhas.
Em geral são infensivos, mas podem ser pouco estéticos e, além disso, a roupa ou a pele próxima podem roçar neles e irritá-los. O médico pode facilmente extirpar um acrocordone congelando-o com azoto líquido ou então cortando-o com um b Os lipomas são depósitos moles de matéria gorda que crescem sob a pele, formando elevações arrendondadas ou ovais.
Algumas pessoas desenvolvem apenas um lipoma, enquanto outras têm muitos. Os lipomas são mais frequentes nas mulheres do que nos homens, e apesar de poderem aparecer em qualquer parte do corpo são particularmente frequentes nos antebraços, no tronco e na parte posterior do pescoço. Os lipomas raramente causam problemas, embora por vezes possam ser dolorosos.
Em geral, o médico pode reconhecer facilmente os lipomas e não é necessário fazer análises para os diagnosticar. Estas formações não são cancros e só em situações muito excepcionais se tornam cancerosas. Se um lipoma começa a manifestar alterações, o médico pode fazer uma biopsia (colher uma amostra e examiná-la ao microscópio). Regra geral não é necessário tratamento, mas os lipomas incómodos podem ser extraídos por meio de cirurgia ou lipossucção.bisturi ou com uma tesoura.
Os angiomas são acumulações de vasos sanguíneos ou linfáticos anormalmente densas que, em geral, se localizam na pele ou por baixo dela e provocam uma coloração vermelha ou púrpura.
Os angiomas costumam aparecer à nascença ou pouco depois e por isso costuma-se chamar-lhes marcas de nascença. Também são assim denominados outros tipos de formações que surgem à nascença. Cerca de um terço dos recém-nascidos apresenta angiomas, cujo aspecto varia de pessoa para pessoa e que geralmente apenas causam problemas estéticos. Muitos desaparecem por si só. Exemplos de angiomas são as manchas de vinho do Porto, os angiomas morango, os hemangiomas cavernosos, as aranhas vasculares e os linfangiomas.
As manchas de vinho do Porto (nevi flammeusi) são manchas planas de cor rosada, vermelha ou violácea presentes à nascença.
As manchas de vinho do Porto costumam ser permanentes, embora as pequenas manchas localizadas na cara possam desaparecer ao fim de poucos meses. Estas manchas são fisicamente inofensivas, mas podem ser psicologicamente devastadoras. Podem por vezes aparecer juntamente com outros sintomas na síndroma de Sturge-Weber, um raro quadro congénito que provoca atraso mental. As manchas de vinho do Porto pequenas podem ser camufladas com um creme cosmético. Se a mancha for incómoda, pode ser eliminada com laser.
Os hemangiomas capilares são zonas volumosas de cor vermelha brilhante, cujo diâmetro varia entre 1cm e 10 cm.
Estas lesões costumam aparecer pouco depois do nascimento e têm tendência para crescer lentamente durante os primeiros meses de vida. Mais de três quartos delas desaparecem por completo por volta dos 7 anos, mas algumas deixam uma área enrugada e de cor pardacenta. Os hemangiomas capilares não costumam precisar de tratamento, excepto quando aparecem perto dos olhos ou de outros órgãos vitais, onde podem interferir com as funções do órgão. A prednisona, um corticosteróide, pode ser administrada por via oral para reduzir as áreas; é mais eficaz se for tomada quando as áreas começam a aumentar de tamanho. Os hemangiomas capilares raramente são extirpados cirurgicamente porque podem deixar uma grande cicatriz.
As aranhas vasculares são áreas de cor vermelha brilhante que em geral apresentam uma manha central entre avermelhada e violácea com finas projecções que se assemelham a patas de aranha.
Ao pressionar o ponto central (o vaso sanguíneo que é o fornecedor do sangue num angioma em aranha) a cor pode empalidecer temporariamente. As aranhas vasculares formam-se normalmente em pequeno número. Os pacientes com cirrose hepática costumam ter muitos angiomas deste tipo, tal como muitas mulheres grávidas ou que tomam contraceptivos orais. As aranhas vasculares não costumam apresentar sintomas em nenhum destes estados: as marcas desaparecem sem tratamento 6 a 9 meses depois do parto ou depois de se suspender os contraceptivos orais. Se se desejar fazer um tratamento por motivos estéticos, o vaso sanguíneo central pode ser destruído por electrocoagulação (terapia que usa anestesia local e uma sonda eléctrica que coagula pelo calor).
Os linfangiomas são elevações que aparecem na pele causadas por uma acumulação de vasos linfáticos dilatados, canais que transportam a linfa (um líquido claro aparentado com o sangue) por todo o corpo.
Habitualmente, os linfangiomas são amarelo-escuros, embora alguns sejam avermelhados. Quando se lesionam ou se faz uma punção, corre um líquido incolor. Apesar de nem sempre precisarem de tratamento, os linfangiomas podem ser extraídos cirurgicamente. No entanto, estas intervenções cirúrgicas requerem a extirpação de grande quantidade de tecido dérmico e subcutâneo porque os linfangiomas crescem profundamente por baixo da superfície da pele.
Os granulomas piogénicos são zonas ligeiramente salientes de cor escarlate, parda ou azul-escura, provocadas por um crescimento desmesurado de capilares (os vasos sanguíneos mais pequenos) e pela inflamação do tecido circundante.
A lesão desenvolve-se rapidamente, muitas vezes depois de uma ferida na pele. Os granulomas piogénicos podem sangrar facilmente porque a pele que os cobre costuma ser fina. Por razões desconhecidas, durante a gravidez os granulomas piogénicos podem tornar-se grandes, aparecendo inclusivamente nas gengivas (tumores da gravidez). Os granulomas piogénicos por vezes desaparecem por si só, mas se persistirem, o médico pode fazer uma biopsia (extrair uma amostra e examiná-la ao microscópio) para ter a certeza de que não se trata de um melanoma ou de outro cancro. Se for necessário, os granulomas piogénicos podem ser extirpados cirurgicamente ou por electrocoagulação (terapia que utiliza anestesia local e uma sonda eléctrica que coagula pelo calor), mas podem reaparecer depois do tratamento.
As queratoses seborreicas (por vezes chamadas verrugas seborreicas) são formações cor de carne, pardas ou negras, que podem aparecer em qualquer zona da pele.
Normalmente estas queratoses aparecem no tronco e nas fontes. Em pessoas de raça negra, especialmente nas mulheres, costumam aparecer na cara. São mais frequentes em pessoas de idade madura e de idade avançada. A sua causa é desconhecida.
As queratoses seborreicas são de tamanho variável e crescem muito lentamente. Podem ser redondas ou ovaladas, parecem estar agarradas à pele e muitas vezes apresentam uma superfície cérea ou descamativa. Estas lesões não são cancerosas, nem sequer com a passar dos anos. Não requerem tratamento, a não ser que as queratoses se irritem, se tornem pruriginosas ou constituam um problema estético. Podem ser extraídas congelando-as com azoto líquido ou cortando-as com um bisturi, com a zona anestesiada. Nenhum dos dois procedimentos deixa cicatriz ou, quando muito, uma muito ligeira.
Os dermatofibromas são volumes pequenos (nódulos) de cor vermelha ou parda que derivam de uma acumulação de fibroblastos, células localizadas no tecido laxo que está sob a pele.
A causa dos dermatofibromas é desconhecida. São frequentes e muitas vezes apresentam-se como volumes duros e isolados que costumam localizar-se nas pernas. Algumas pessoas desenvolvem muitos dermatofibromas. Podem provocar comichão. Em geral, os dermatofibromas não são tratados, a não ser que se tornem incómodos ou que aumentem de tamanho. Podem ser extraídos cirurgicamente com anestesia local.
Os queratoacantomas são formações redondas, duras, muitas vezes cor de carne, que apresentam uma cratera central característica que contém uma substância pastosa.
Frequentemente, os queratoacantomas aparecem na cara, no antebraço e no dorso da mão, crescendo rapidamente. Em 1 ou 2 meses podem crescer até ultrapassar os 5 cm de largura. Ao fim de poucos meses costumam começar a desaparecer, mas podem deixar cicatrizes.
Os queratoacantomas não são cancerosos, mas podem parecer-se muito com o carcinoma de células escamosas, um tipo de cancro cutâneo. Por isso, os médicos costumam fazer uma biopsia (extracção de uma amostra e respectivo exame ao microscópio). Os queratoacantomas podem ser tratados cirurgicamente ou com injecções de corticosteróides ou fluorouracilo; ambas as técnicas eliminam os queratoacantomas e em geral deixam menos cicatrizes, permitindo a sua involução espontâ
Os quelóides são formações proliferativas de tecido fibroso, lisas, brilhantes, ligeiramente rosadas e com forma mamilonada, que aparecem numa zona de ferida ou sobre as cicatrizes cirúrgicas.
Estas lesões também se podem formar como consequência de um acne grave. Por vezes formam-se sem que exista uma ferida. São muito mais frequentes em pessoas de raça negra.
Os quelóides respondem irregularmente à terapia, mas se foram aplicadas injecções de fármacos corticosteróides todos os meses é possível que baixem um pouco. O médico pode tentar a extirpação cirúrgica ou com laser seguida de injecções de corticosteróides, mas raramente se obtém um resultado ideal.
Alguns médicos aplicaram compressas de silicone sobre os quelóides conseguindo alisá-los consideravelmente.
Retirado da site da merck
TUNGUIASE - É causada pela Tunga penetrans, uma pulga que vive em lugares secos e arenosos, comumente encontrada em chiqueiros e c urrais. Tanto o macho quanto a fêmea são hematófagos, mas o macho deixa o hospedeiro após alimentar-se e a fêmea não. Após a fecundação, o macho morre e a fêmea introduz a cabeça e o tórax na epiderme, deixando para fora o estigma respiratório e o segmento anal para postura dos ovos. Ao alimentar-se do sangue do hospedeiro, os seus ovos se desenvolvem e o abdome dilata-se muito, podendo alcançar o tamanho de um ervilha. O ciclo vital do parasita se extingue com a expulsão dos ovos. A localização mais comum é em dobras ungueais, pregas interdigitais e em planta do pé. Inicialmente há prurido discreto, seguido de sensação dolorosa. Ao exame vê-se uma pápula amarelada com um ponto negro central. Por vezes, ocorrem várias lesões que tomam o aspecto de um favo de mel.

U

UNHAS –
Machas esbranquiçadas - Manchas brancas pequenas: pequenos traumas. Às vezes você bate a unha e isso interfere na linha de produção de células. As que saem com defeito desenham as manchas. Como a unha cresce devagar, você nem se lembra que havia batido.
Manchas grandes brancas - às vezes elas aparecem na ausência de zinco no organismo.

Manchas amarelas ou unhas amareladas - Podem aparecer nas pessoas que tomam antibiótico por muito tempo seguido e naquelas que fumam muito.

Manchas arroxeadas - Por algum trauma , micose ou outra infecção.
Fracas, quebradiças, com descamação - Falta de proteínas e vitaminas no organismo (provavelmente vitaminas do complexo B, vitamina C e vitamina E)

Verruga ao redor da unha - verrugas virais também chamadas de verrugas vulgares. Existem alguns tumores que se parecem com verrugas e devem ser examinados pelo médico. Devem ser retiradas cirurgicamente.

Unhas deformadas - Onicosquizia é o nome que se dá a unhas deformadas. Podem aparecer por traumas na base da unha e pelo uso exagerado das unhas no trabalho.. Linhas - Podem representar carência vitamínico proteica.

Unhas pálidas - Se for próximo da matriz, pode representar uma doença auto-imune, como o lúpus, por exemplo.

Unhas fracas - Falta de vitaminas e sais minerais como o ferro e o cálcio.
Unhas encravadas - Alteração anatômica ou cortes errados. Devem ser tratadas adequadamente.

Ondulações - Podem representar alterações de personalidade (traumas contínuos) ou podem representar outras doenças.

Unhas meio a meio - comum na insuficiência renal crônica.
Unhas côncavas - possível falta de ferro.

Unhas convexas e sem brilho - podem indicar problemas cardíacos ou pulmonares
Como fazer o auto-exame das unhas?
Devemos olhá-las sempre com a luz natural ou mais próxima do natural. Verificar as bordas e as pontas para observar aberturas.
Esmaltes e produtos especiais para fortalecer as unhas funcionam?
A forma de esmalte pode ser usada para administrar medicamentos como a tretinoina, que endurece as unhas.
Que cuidados devem ser tomados para evitar o contágio de bactérias nas unhas?
A limpeza é essencial. Não usar instrumentos de outras pessoas (alicate, afastador de cutículas, etc) e não deixar machucados abertos e sem tratamentos.
É recomendado usar luvas ao lavar louça?
Sim. É muito importante usar uma luva de borracha, mas só durante o ato da lavagem. Ela deve ser retirada logo após para evitar o suor.
Cutículas podem ser retiradas?
Não devem, pois elas são a defesa que a unha tem para que não entre nenhum ser vivo sob elas. O máximo que deve se fazer é afastá-las.
Como a unha deve ser lixada?
Não importa muito como ou qual lixa usar. Já se lixava as unhas 2000 anos antes de Cristo. O único problema é que a lixa deve ser individual.
É recomendado usar esmalte constantemente, sem deixar a unha “respirar” por uns dias?
A unha é porosa, então ela pode ressecar se ficar coberta por esmalte constantemente. O ideal é deixar dois dias entre cada oito.
Que cuidados com a alimentação devem ser tomados para preservar a saúde das unhas?
As unhas são feitas de queratina que é uma proteína, portanto necessita de aminoácidos, vitaminas e sais minerais encontrados em uma alimentação equilibrada, com carnes, leites e vegetais verde escuro.
Prof. Dr. Valcinir Bedin é dermatologista, tricologista e nutrólogo, Diretor do Cipe (Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento), diretor do IPTCP (Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele) e Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo.
URTICARIA - é o nome que é dado a um tipo de erupção cutânea, pruriginosa, caracterizada por placas salientes, que se assemelham às produzidas pela urtiga. Urticas são pápulas edematosas, de duração efêmera e altamente pruruginosas, produzidas pela liberação de histamina em mastócitos localizados em vasos da derme. Acomete indivíduos de todas as faixas etárias, predominando em adultos jovens. Preconiza-se que cerca de 15% da população apresentará ao menos um episódio de urticária durante a sua vida O aparecimento de urticárias pode ser causado pelo contacto direto com substâncias alérgicas, como resposta do sistema imunológico à ingestão de algumas comidas, remédios ou pelo estresse.Sua principal causa é a liberação da substância histamina, um alérgico de defesa do organismo.Em infecções virais, notoriamente nos casos de hepatite A, B e C, sua duração é curta e desaparece tão logo com a icterícia.Já em reações alimentares, termina com a eliminação do alérgeno pelo organismo.Verminoses com penetração cutânea podem causar tal efeito, principalmente em membros inferiores.Há também uma relação entre a urticária e o estímulo solar.Acredita-se que as radiações mais energéticas estimulem a liberação de histamínicos.Por fim, pode ser causada por remédios, pois a hipersenssibilidade também desencadeia processos no sistema imunológico.
O mecanismo fisiopatológico das urticárias baseia-se na degranulação de mastócitos com a liberação de mediadores pré-formados como a histamina, fatores quimiotáticos, heparina e fator de necrose tumoral e de mediadores neo-formados como os derivados do ácido araquidônico e fator ativador de plaquetas. Estes mediadores, em conjunto, participam da reação de fase aguda da urticária, resultando no seu quadro clínico característico. Os mastócitos podem ser degranulados ou por ação direta de certas substâncias como bases orgânicas (aminas e derivados amidínicos), algumas drogas de uso clínico (morfina, codeína, tiamina, vancomicina, aspirina, AINES, contrastes radiológicos, acetilcolina) e polímeros biológicos (áscaris, celenterados, lagostas, toxinas bacterianas...), independente de qualquer mecanismo imune, ou através das reações tipo I (IgE) e III (IgM e IgG) de Gel e Coombs. Agentes físicos tem ação direta sobre os mastócitos, mas seu mecanismo de ação permanece ainda desconhecido. Atuam ainda na fisiopatologia da urticária fatores modulares que favorecem a vasodilatação(álcool, calor, febre, exercícios, estresse emocional e fatores hormonais) e fatores genéticos.
Os principais agentes etiológicos das urticárias são:
drogas que agem tanto por mecanismo imune (penicilinas, sulfas, sedativos, analgésicos, laxativos, hormônios e diuréticos) quanto por ação direta sobre o mastócito;
Alimentos (proteínas intrínsecas, aromatizantes, aditivos, corantes e preservativos);
Inalantes como inseticidas, poeiras, pólens, cosméticos, desodorizantes, desinfetantes e outros;
Agentes físicos (luz, calor, frio e pressão)
Contactantes como alimentos, substâncias têxteis, pêlos e salivas de animais, artrópodes, vegetais, medicamentos, cosméticos e antígenos em suspensão Aérea;fatores psicogênicos;
Anormalidades genéticas.
As urticas normalmente podem ter desde poucos milímetros ou centímetros até formar placas extensas de morfologia e localização diversas . O prurido está sempre presente, de intensidade variável, as vezes insuportável. Quando acomete derme profunda e hipoderme, principalmente em pálpebras, lábios, língua e laringe é conhecido como edema angioneurótico ou de Quincke e requer cuidados específicos devido à possibilidade de evoluir com edema de glote e obstrução respiratória. As lesões são de duração efêmera, desaparecendo em algumas localizações e surgindo em outras. O quadro agudo tem duração de alguns poucos dias e passa a ser considerado crônico quando ultrapassa 4 a 6 semanas (lesões menos intensas e menos extensas e mais persistentes).
O diagnóstico de urticária é feito através da anamnese e exame físico, pois seu quadro clínico é bastante característico. Raramente há necessidade de se fazer diagnóstico diferencial com outras patologias como eritema polimorfo, prurigo estrófulo, escabiose, pediculose, dermatite urticariforme e outras. Quanto à definição do agente etiológico o quadro clínico não é muito elucidativo. Cerca de 70% das urticárias crônicas permanecem com o diagnóstico etiológico desconhecido. Nestes casos a realização de uma anamnese minuciosa, exame físico completo, observação prolongada do doente e investigação laboratorial específica para cada caso são indispensáveis.
O tratamento da urticária baseia-se fundamentalmente na descoberta e afastamento do agente causal, associado ao tratamento sintomático das lesões.. A evolução natural da maioria das urticárias é a cura. Em 6 meses cerca de 50% dos pacientes estão curados, em 1 ano 70% e em 5 anos 90% estão curados.
Dentre os diversos tipos de urticárias um dos mais comuns é a urticária colinérgica. Caracteriza-se por urticas de 1 a 3 mm de diâmetro, altamente pruriginosas, que não acometem palmas e plantas. Ocorre devido a ação direta da acetilcolina sobre os mastócitos. Pode ser desencadeada por sudorese e aumento da temperatura, náuseas, hipersalivação, cefaléia e distúrbios intestinais. Predomina na faixa etária entre 15 e 25 anos e pode coexistir com outros tipos de urticária. Pode ser tratada com anti-histamínicos, diazepínicos, ergotamina, etc. O dermografismo é outra lesão bastante característica ocorrendo devido à degranulção excessiva de mastócitos quando a pele é submetida a uma certa pressão momentânea, com a formação de edema bem localizado nestas áreas. Pode ser congênito ou adquirido (drogas). Tratamento de eleição é o hidroxizine.

V

VASCULITE - O termo vasculite significa, literalmente, inflamação do vaso (vasculum em latim significa vaso sangüíneo ou linfático, e ite, inflamação). O termo é genérico, mas é utilizado para denominar um grupo de entidades anatomoclínicas caracterizadas por inflamação ou necrose da parede do vaso sangüíneo(arterial ou venoso) com manifestações clínicas variadas. Portanto, é uma definição histológica com uma expressão clínica polimorfa. Para o diagnóstico desse tipo de doenças é necessário, em primeiro lugar, o reconhecimento da doença vasculite como possível diagnóstico diferencial de um quadro sistêmico, a seguir a avaliação dos órgãos envolvidos e então o diagnóstico etiológico da vasculite.
A classificação dessas doenças tem sido motivo de várias controvérsias, não havendo, ainda, consenso aceito universalmente. As vasculites podem ser classificadas quanto à etiologia e quanto ao tamanho dos vaso .As vasculites podem ser causadas por vários fatores (ou agentes) sendo os muito comuns os agentes infecciosos (bactérias, vírus, protozoário, etc) agindo diretamente na parede do vaso. Ou podem ser drogas os agentes (penicilina, quinina, antibióticos vários, etc). Ultimamente têm sido comum as vasculites, pelo uso de drogas ilícitas (heroína, cocaína, etc). Existe ainda a possibilidade da vasculite ser causada por reações imunológicas ou, finalmente, por mecanismos desconhecidos. A sintomatologia das vasculites é também muito variável, gerando muitas vezes um quadro clínico pouco característico, como febre de origem desconhecida, perda do apetite, fadiga, mal-estar geral, suores noturnos, hipotensão, dores fortes nas articulações ou nos músculos. Por vezes aparecem lesões na pele (nódulos, enfartamento, púrpura) ou até úlceras cutâneas, geralmente nas pernas ou braços. Considerando que quase todos os vasos do corpo podem ser atingidos pelas vasculites, não é de surpreender a riqueza e variedade do quadro clínico observado nas vasculites.Outras vezes, o primeiro sintoma é a necrose, que pode acontecer em qualquer parte do corpo, mas é mais freqüente nos dedos.
O tratamento depende, basicamente, da detecção do agente causal, que deverá ser afastado, e do uso de medicamentos antiinflamatórios, vasodilatadores e analgésicos e algumas vezes não respondem ao tratamento.
VITILIGO - é uma doença de causa parcialmente desconhecida mas que tem bons resultados terapêuticos através de tratamento clinico
VERRUGAS são crescimentos benignos causados por um vírus nas camadas mais superficial da pele ou membranas mucosas. Os vírus causadores das verrugas pertencem à família chamada papiloma vírus humano (HPV). O aspecto da verruga irá variar de acordo com o local acometido. As verrugas são, usualmente, da cor da pele e ásperas ao toque mas podem, também, ser escuras, planas e macias.
Existem vários diferentes tipos de verrugas: Verrugas vulgares
Verrugas plantares
Verrugas planasVerrugas genitais
Verrugas filiformes
VERRUGAS VULGARES - muito comum em volta das unhas, nos dedos e no dorso das mãos. Elas são mais comuns nas regiões de pele submetidas a traumas frequentes ex: onde as unhas são aparadas/roídas ou as cutículas retiradas).
VERRUGAS PLANTARES - ocorrem principalmente na sola dos pés. Quando as verrugas plantares crescem agrupando-se elas são chamadas de verrugas em mosaico. A maioria das verrugas plantares não forma saliência na sola dos pés como as verrugas vulgares, pois a pressão exercida ao caminhar as tornam achatadas empurrando-as para dentro da pele. Essas verrugas, geralmente, apresentam pontos enegrecidos que representam vasos sanguíneos responsáveis por sua nutrição. As verrugas plantares podem causar dor muito intensa ao caminhar.
VERRUGAS PLANAS - são menores e lisas,com tendência a se espalhar e aumentar em número . Elas podem ocorrer em qualquer região do corpo, mas em crianças são mais comumente encontradas na face. Nos adultos são, geralmente, encontradas nas regiões da face cobertas por barbas em homens e nas pernas em mulheres. A irritação da pele devido ao ato de raspar pelos com lâminas pode contribuir com o fato destas verrugas serem mais freqüentes nas regiões já citadas.
VERRUGAS GENITAIS - também conhecidas como condilomas, tornaram-se comuns e problemáticas para a população adulta mundial. Elas tendem a ser pequenas e planas mas podem, também ,se apresentar como lesões delgadas e exuberantes. Podem ocorrer na genitália, dentro da vagina, no colo do útero (cérvix), na região perianal (ao redor do ânus) ou no reto. Os vírus que causam verrugas genitais raramente as causam nas mãos ou pés, mas podem ocasionar verrugas na região oral (boca). Parece existir relação entre verruga genital e câncer da mesma área acometida.
Provavelmente as verrugas são transmitidas diretamente de pessoa a pessoa, mas pode haver transmissão indireta. O tempo compreendido entre o primeiro contato com o agente causal (HPV) e o desenvolvimento de lesões visíveis a olho nu parece ser de alguns meses. O risco de contrair verrugas vulgares, plantares e planas é pequeno, enquanto as verrugas genitais parecem ser mais contagiosas. É muito importante usar métodos preventivos que impeçam ou, ao menos, minimizem a transmissão de verrugas genitais entre parceiros sexuais (por exemplo o uso de preservativos como a "camisinha"). Algumas pessoas desenvolvem verrugas dependendo da frequência a que se expõem ao vírus. Ocorrem mais facilmente caso a pele tenha sido, de alguma forma, danificada, o que explica a grande frequência de verrugas nas crianças que roem unhas ou ferem suas cutículas. Algumas pessoas são mais propensas a contrair o vírus (HPV) que outras. Pessoas com sistema imune frágil ou debilitado são mais propensas a se contaminarem com HPV. Nas crianças, as verrugas podem desaparecer espontaneamente sem a necessidade de tratamentos após o período de alguns meses ou anos. Entretanto, já que as verrugas podem se disseminar para outras pessoas ou para outras regiões do corpo, é uma atitude sensata a de se tratar crianças, principalmente aquelas cujas verrugas são preocupantes, inconvenientes ou dolorosas.

Já nos adultos, as verrugas não costumam desaparecer tão fácil ou rapidamente quanto nas crianças. Há uma maior chance de se desenvolver câncer de pele nas regiões onde se encontram verrugas genitais instaladas há longa data. Mulheres portadoras de verrugas genitais têm, também, chance aumentada de desenvolver câncer de colo do útero. Por essas razões, todos os adultos com verrugas genitais devem ser submetidos a tratamento. E as mulheres devem realizar rotineiramente o exame citológico (PAPANICOLAU) mesmo após o tratamento das verrugas.
Os dermatologistas são aptos a usar uma grande variedade de tratamentos dependendo da idade e do tipo de verruga do paciente. Verrugas vulgares em crianças podem ser tratadas no próprio domicílio por seus pais ou responsáveis através da aplicação diária de ácidos Para se obter resultado favorável podem ser necessárias algumas semanas de tratamento, apesar de ser comum a ocorrência de pequeno desconforto. Para adultos ou crianças com mais idade a crioterapia (congelamento) é um dos tratamentos de escolha. Este não é muito doloroso e raramente causa cicatrizes. No entanto, pode ser necessário repetir o tratamento num intervalo de uma a três semanas. Eletrocirurgia (queimagem) é uma outra boa alternativa pois remove a verruga em uma única sessão realizada no próprio consultório. Entretanto, cicatrizes e dor ocorrem mais comumente associadas a esse tipo de tratamento que em relação à crioterapia
VERRUGAS PLANTARES - são difíceis de serem tratadas pois localizam-se abaixo da superfície da pele. Tratamentos incluem aplicação de ácidos e outras substâncias químicas. O tratamento cirúrgicos ou laser, é contra- indicado O dermatologista irá recomendar mudanças no tipo de calçados para reduzir a pressão sobre a verruga.
VERRUGAS PLANAS - são geralmente muito numerosas para serem tratadas com os métodos citados anteriormente.
VERRUGAS GENITAIS - são as mais difíceis de serem tratadas. Em primeiro lugar é importante que todas as verrugas sejam localizadas. Desta forma, pode haver a necessidade de se examinar a vagina e cérvix na mulher e região anal e reto em ambos os sexos. Tratamentos periódicos em consultórios utilizando-se ácidos ou crioterapia podem ser necessários para a eliminação das verrugas visíveis. O dermatologista pode prescrever uma fómula de podofilina que pode ser usada em casa.
Quando são persistentes ou em casos de grandes verrugas genitais, o tratamento cirúrgico é a opção. O parceiro sexual da paciente deve ser examinado pelo dermatologista. As verrugas genitais podem ser muito difíceis de serem curadas e, ocasionalmente, os múltiplos tratamentos não garantem sucesso nesta cura.
Muitas pessoas leigas acreditam que remédios e crenças populares e hipnose possam ser efetivos. O tratamento médico deve ser realizado sempre que necessário. O controle por seu dermatologista pode ajudar a assegurar que o tratamento tenha sido efetivo e completo.
VESÍCULA - Lesão eritematosa, pequena, elevada, com secreção serosa no seu interior. Se aparecem ajuntadas sugere herpes. Aparece também no eczema, herpes zoster, queimaduras.

X

XANTOMAS - são depósitos de material gorduroso sob a superfície da pele, podendo ser muito pequenos ou chegar a ter mais de 7,5 cm de diâmetro. Podem ser um sinal presente em portadores de dislipidemias ( anormalidades do colesterol e frações ). Podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos cotovelos, articulações, tendões, joelhos, mãos, pés e nádegas.
XANTELASMA - é uma doença da pele que se apresenta como um conjunto de pequenas bolsas amareladas ligeiramente salientes, situadas nas pálpebras e constituídas por depósitos de colesterol. O tratamento visa a destruição ou remoção das lesões. Pode ser através da aplicação de substâncias cáusticas ( cauterização química), eletrocoagulação, ou retirada cirúrgica com fechamento por sutura (pontos). A escolha do tipo de tratamento vai depender da extensão das lesões e de cada caso, devendo ser indicado pelo dermatologista, e sempre com excelentes resultados cosméticos.

Z

ZIGOMICOSE - é uma micose subcutânea causadas por fungos encontrados no solo e nas folhas secas do chão, sendo a infecção decorrente da implantação de esporos inalados, juntamente com partículas do solo, sobre a mucosa nasal.
Geralmente manifestam-se como uma infiltração granulomatosa crônica da submucosa nasal, estendendo-se para o tecido subcutâneo e pele da face. 

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