Quem sou eu

segunda-feira, 29 de abril de 2013

tempero indiano que pode ter efeitos positivos no mal de Alzheimer





Temperos são sempre bem-vindos na hora de cozinhar, ainda mais se eles trouxerem benefícios à saúde, certo? Para os apreciadores do curry, iguaria indiana, uma boa notícia: como o tempero é uma combinação de várias especiarias, ele reúne os benefícios de todas elas e ainda, segundo estudos, pode ter efeitos positivos no mal de Alzheimer.
A nutricionista Clarissa Fujiwara explica que o curry consiste numa rica mistura de especiarias que, presentes em quantidades variáveis, resulta numa alquimia de sabores. "Dessa maneira, não existe propriamente uma composição única do curry, sendo os ingredientes que o compõem empregados de acordo com o país e a região em que é preparado", diz a nutricionista.

A receita básica originária da Índia, fundamentalmente, compreende a cúrcuma, ingrediente que confere ao curry a cor tipicamente amarela. Além disso, o curry apresenta em sua composição variedades de pimentas, canela, gengibre, cominho, coentro, cardamomo, feno-grego e erva-doce.

Adicionalmente, no Brasil, algumas variações exibem mostarda, louro, cravo-da-índia, noz-moscada, entre outras especiarias. "Para que o consumidor saiba de fato o que compõe o curry, orienta-se que, no momento da compra, seja observada a lista de especiarias presentes no rótulo do produto industrializado, ressaltando que os ingredientes listados sempre aparecem em ordem decrescente de quantidade", explica Clarissa.

Os benefícios do consumo do curry são atribuídos à combinação dos compostos ativos presentes nas especiarias que o compõem, conforme descrito a seguir:

Cúrcuma: Apresenta a curcumina, substância de potencial interesse por pesquisadores, uma vez que exerce grande atividade antioxidante, auxiliando o organismo no combate à produção excessiva de radicais livres.

Pimenta: Possui a pungência característica em virtude da capsaicina, mesmo composto que confere as propriedades benéficas das pimentas à saúde. Dentre elas, destaca-se o efeito termogênico, capaz de promover o aumento do metabolismo e que, quando associada a uma alimentação equilibrada e à prática de exercícios físicos, pode ser um adjuvante a indivíduos visando o processo de emagrecimento.

Canela: Rica em proantocianidinas, a canela contribui na redução do risco de doenças cardiovasculares e apresenta uma substância chamada cinamaldeído, que exerce atividade antifúngica. Além disso, estudos envolvendo indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 demonstraram o efeito de seu consumo no auxílio sobre o controle glicêmico.

Gengibre: Os gingeróis, compostos ativos de destaque encontrados no gengibre, proporcionam ações anti-inflamatórias, possuem leve efeito termogênico e apresentam propriedades antieméticas, ou seja, são capazes de reduzir sintomas de enjoo e náuseas.

Cominho: Alguns estudos demonstraram que as sementes de cominho estimulam a secreção de substâncias envolvidas na digestão de alimentos e assimilação de nutrientes, bem como auxiliam na atividade de enzimas do processo de detoxificação pelo fígado.

Coentro: Suas propriedades são atribuídas ao seu óleo volátil, rico em fitoquímicos. Pesquisas conduzidas em animais evidenciaram os benefícios do coentro na melhora da circulação sanguínea e no estímulo à secreção de insulina, atividade que pode ser de grande relevância no auxílio ao tratamento de indivíduos diabéticos.

Cardamomo: Muito difundido na culinária asiática, exibe sabor apimentado. Possui atividade digestiva e pode ser um adjuvante no tratamento de gripes e resfriados, por exercer atividade expectorante.

Feno-grego: As sementes são utilizadas geralmente em pequenas quantidades por conta do aroma intenso e sabor amargo. Compostos presentes como saponinas auxiliam na redução dos níveis de LDL-colesterol. Alguns estudos sugerem que um componente chamado 4-hidroxi-isoleucina pode promover um aumento na secreção de insulina frente à elevação dos níveis de glicose no organismo.

Erva-doce: Facilita processos digestivos e promove sensação de relaxamento. Seu óleo volátil contém terpenoides, especialmente o anetol, que proporciona sabor adocicado, e em virtude de sua estrutura química exerce leve atividade estrogênica.
Segundo a nutricionista, existem evidências científicas de que o consumo do curry pode auxiliar na prevenção da doença de Alzheimer e alguns tipos de câncer. "Em parte, um dos mecanismos explanatórios para esses achados decorreria da capacidade dos diversos elementos fitoquímicos presentes no curry em exercer atividade protetora do organismo frente aos efeitos deletérios ocasionados pelos radicais livres", explica Clarissa.
Danos às células do sistema nervoso, por exemplo, constituiriam numa das principais causas do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Em adição, o consumo de curry poderia atuar de forma positiva na prevenção de determinados tipos de câncer, visto que a doença se caracteriza pelo crescimento desordenado de células no organismo, e os compostos presentes no curry poderiam exercer efeito sobre proteínas que regulam a proliferação de células associadas ao seu desenvolvimento.
Clarissa também cita pesquisas conduzidas em camundongos expostos a altas concentrações de curcumina, que evidenciaram menor dano às células no sistema nervoso dos animais, em virtude do aumento de atividade da enzima hemeoxigenase, que protege o DNA das células contra os danos causados pelos radicais livres. Estudos in vitro demonstraram a eficiência de determinados compostos presentes no curry no processo de destruição de células malignas. Dessa forma, a ação do curry no tratamento de alguns tipos de câncer, como garganta, cólon, mama e próstata, tem recebido cada vez mais atenção de pesquisadores.
Segundo Clarissa, a perspectiva desses estudos é animadora, muito embora a maioria deles tenha sido conduzida em animais, in vitro ou em seres humanos, porém em estágios iniciais. "Certamente, ainda é necessário maior aprofundamento e elucidação acerca dos mecanismos de ação dos compostos presentes no curry sobre essas doenças. De forma geral, esses avanços reforçam a ideia de que substâncias presentes nos alimentos têm sido vistas cada vez mais como uma via adjuvante no tratamento e, especialmente, na prevenção de determinadas doenças crônicas", diz ela.
Apesar de apresentar uma série de benefícios à saúde, a dica da nutricionista é de que indivíduos que sofram de gastrite e úlceras consumam a especiaria moderadamente, justamente em virtude da presença de especiarias que podem contribuir para irritar a mucosa gástrica.

Versátil, o curry é capaz de enriquecer grande variedade de pratos sob o ponto de vista gastronômico e nutricional. O curry é utilizado em ensopados, assados e cozidos à base de carnes, peixes, frutos do mar e, sobretudo, aves. Muito empregado na culinária vegetariana, o curry também pode ser usado no preparo de arroz e legumes, em marinadas ou esfregado em carnes antes de seu preparo, por exemplo.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Entenda as diferenças entre as gorduras 'do bem e do mal'


Apesar de a má fama ter sido espalhada há poucos anos, a gordura trans sempre fez parte do time de gorduras prejudiciais à saúde. E, se você acha que ela só atrapalha a perda de uns quilinhos, melhor checar a sua despensa. Doenças do coração, derrames e até alguns tipo de câncer têm sido relacionados ao mau consumo de alguns tipos de gorduras. 
Para facilitar identificação de gordura trans nos produtos, em 2006 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ordenou que todas as empresas alimentícias indicassem nos rótulos a quantidade presente desse tipo de gordura.

O problema é que, além da trans, há muitas outras variações desse nutriente, o que pode tornar sua alimentação numa verdadeira cilada. 
Se você faz parte do time que ainda tem dúvidas sobre os diferentes tipos de gorduras e sobre suas consequências para o organismo, fique de olho nas orientações da nutricionista Roberta Stella, responsável pela equipe nutricional do Minha Vida. Super didática, ela montou um guia completo sobre todos os tipos de gordura consumidos por você do café-da-manhã ao jantar, passando ainda pelo lanchinho da tarde. Tome nota!

Colesterol 

Tipo de gordura com duas faces, o colesterol desempenha um papel importante no organismo, já que participa da produção dos hormônios sexuais e das glândulas supra-renais. Além dessas funções, o colesterol ajuda na formação da membrana celular e da bílis (substância produzida pelo fígado, fundamental para a digestão das gorduras).

O problema dessa gordura está relacionado ao seu excesso. "A quantidade de ingestão diária não deve ultrapassar 300 mg", ressalta Roberta. A razão disso é que, para ser transportado pelo corpo, o colesterol conta com a ajuda de uma proteína chamada LDL. No vai-e-vem, a proteína acaba deixando rastros da gordura pelo caminho, formando as placas prejudiciais à saúde.

Para ajudar a recolher os restos deixados pela LDL, o organismo conta com a participação da proteína HDL. Também ajudante no transporte do colesterol pelo corpo, ela entra em ação como uma espécie de faxineira varrendo todos os rastros nocivos. Por isso, é importante que as taxas de HDL sempre estejam acima das de LDL.

O segredo para manter essa proporção em equilíbrio e ficar longe das doenças cardiovasculares é controlar os alimentos de origem animal, como carne, leite, derivados e embutidos, apresentam esse tipo de gordura (soja combate problemas cardiovasculares).

Gorduras saturadas

Sólidas em temperatura ambiente e viscosas quando aquecidas, as gorduras saturadas são uma ótima isca para doenças cardiovasculares. Isso porque elas colaboram para o aumento de LDL, colesterol ruim, que circula pelo sangue.

Derrames e alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama, também têm a origem associada aos excessos dessas gorduras no organismo sem falar que a gordura saturada é inimiga número um do emagrecimento. Para prevenir tudo isso, restrinja o consumo diário desse nutriente a, no máximo, 7% das calorias totais da sua dieta.
Reprodução


Gordura trans

Responsável pela forma, textura e sabor aos alimentos industrializados, a gordura trans tem origem na gordura vegetal (que é insaturada e não causa danos à saúde) e torna-se prejudicial depois do processo de hidrogenação. Na prática, a gordura que era líquida e insaturada passa a ser sólida e saturada, sendo conhecida também como gordura vegetal hidrogenada.

Portanto, assim como a gordura saturada, a trans aumenta os níveis do mau colesterol no sangue e ainda diminui as taxas do colesterol benéfico ao organismo, o HDL.

Entre os alimentos que contêm gordura trans, encontramos bolos e tortas industrializadas, biscoitos salgados e recheados, pratos congelados, sorvetes cremosos e margarinas. De acordo com Roberta, ainda não existe uma recomendação de quantidade ideal para o consumo de gordura trans. "Mas alguns especialistas dizem que ela não deve passar de dois gramas por dia", afirma.

Time do bem

Engana-se quem pensa que todo tipo de gordura causa malefícios ao organismo. Entre a equipe do bem, os destaques vão para as gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas.

Gorduras monoinsaturadas

São líquidas em temperatura ambiente, mas iniciam a solidificação quando levadas à geladeira. Um bom exemplo de gordura monoinsaturada são os molhos à base de azeite, opacos na geladeira e transparentes em temperatura ambiente. Além de fornecer energia ao corpo, esse tipo de gordura conta com mais uma vantagem: ajuda a diminuir o LDL, conhecido como colesterol ruim.

Para aproveitar os benefícios das gorduras monoinsaturadas, recorra ao óleo de canola e de soja, azeite de oliva, abacate, castanhas e amêndoas. Mas não exagere na dose. Se comparados a outros tipos de gordura, eles realmente não causam tantos malefícios ao coração. Mas, em contrapartida, são bastante calóricos e podem pôr o seu regime a perder.

Gorduras poli-insaturadas

Assim como as monoinsaturadas, esse tipo de gordura ajuda a diminuir o colesterol ruim. Por outro lado, se consumidas mais do que o indicado, as poli-insaturadas podem fazer os níveis de HDL (o bom colesterol) diminuírem. Conte com elas também para ficar longe dos coágulos nas artérias.

A ajuda acontece porque a gordura diminui a agregação das plaquetas. As gorduras poliinsaturadas são encontradas nos peixes de água fria e nos óleos de soja, milho e girassol. Somando sua ingestão com as monoinsaturadas, as gorduras não devem ultrapassar os 20% do total de calorias diárias. (Fonte: Minha Vida, Saúde, Alimentação e Bem-estar)